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Nº 5759
Economia

Alta faz brasileiro perder qualquer no��o dos pre�os

São Paulo – O que custa mais: o pacote de ração para cães, o quilo de contrafilé, a garrafa de vinho chileno ou a embalagem de fraldas descartáveis? Após cerca de duas décadas, o brasileiro enfrenta um cenário em que as referências de preço começam a se

Por | Edição do dia 02/08/2015 - Matéria atualizada em 02/08/2015 às 00h00

São Paulo – O que custa mais: o pacote de ração para cães, o quilo de contrafilé, a garrafa de vinho chileno ou a embalagem de fraldas descartáveis? Após cerca de duas décadas, o brasileiro enfrenta um cenário em que as referências de preço começam a se confundir. Ainda não é preciso sair desesperado atrás de um freezer horizontal para estocar comida por três meses, como nos tempos de hiperinflação. Na época, os preços subiam 50% ao mês. Hoje, a alta ronda 9,5% ao ano. O problema é que justamente nesse patamar, perto dos 10%, está o limiar de um fenômeno típico de momentos de inflação acelerada: perdemos a noção de o que é caro e o que é barato, segundo Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo. “Aí passam a surgir comportamentos oportunistas na colocação de preços, que é o ‘sobe 15% que ninguém vai reparar’”, afirma Terra. Já há exemplos que sinalizam que essa perda de referência de preços está ocorrendo, segundo Mauro Calil, consultor financeiro do Banco Ourinvest. “Como 1 kg de tomate pode custar quase o que custa 1 kg de linguiça? Não é só culpa do clima”. BEABÁ PREVENTIVO Como mais de 70 milhões de brasileiros ainda eram menores de idade nos tempos em que a inflação pautava o comportamento do consumidor, é sempre bom relembrar certas dicas. Uma das principais é pesquisar e comparar os preços. Na época da hiperinflação, os preços subiam com tamanha velocidade que inviabilizavam até a comparação. Você anotava na loja da rua, checava no supermercado do bairro e, quando voltava à a lojinha, o preço já era outro. Atualmente, não só a situação não é tão grave como também há aplicativos que ajudam a comparar os preços. “É fundamental, porque hoje já vemos diferenças muito grandes”, afirma Terra.

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