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Nº 5759
Economia

Economia de AL ter� perda de R$ 1 bilh�o este ano

A economia de Alagoas deve perder R$ 1 bilhão este ano, segundo previsão do setor industrial. Mais de 40% das empresas que o governo anterior anunciou ter trazido para Alagoas ainda não se instalaram e começam a recalcular seus investimentos. A redução de

Por | Edição do dia 09/08/2015 - Matéria atualizada em 09/08/2015 às 00h00

A economia de Alagoas deve perder R$ 1 bilhão este ano, segundo previsão do setor industrial. Mais de 40% das empresas que o governo anterior anunciou ter trazido para Alagoas ainda não se instalaram e começam a recalcular seus investimentos. A redução de performance está atrelada à crise nacional, mas se agrava por uma série de apostas frustradas, que aconteceram nos últimos anos, como o estaleiro, a mineradora de Craíbas, o pré-sal, o programa do álcool e o avanço de investimentos federais, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa, Minha Vida. Entre 2010 e 2014, a participação das indústrias no Produto Interno Bruto (PIB) do Estado caiu de 24% para 20%, chegando a menos de R$ 6,6 bilhões. Puxando a queda, só a crise do setor sucroalcooleiro representa um tombo de R$ 3,5 bilhões para R$ 2,4 bilhões. No PIB das indústrias, a representação das usinas caiu de 55% para 45%. Diante do quadro considerado “nefasto” por alguns economistas, o governo do Estado tem remado contra a maré para avançar na missão de atrair novas indústrias para Alagoas. A diversificação da economia tem se mostrado o melhor caminho. Tanto que setores mais dinâmicos como os de movelaria, cerâmica e de alimentos se mantêm firmes ou mesmo crescem na contramão do deficit da balança comercial da indústria. Muito embora não tenham a grande representatividade do açúcar e do álcool, esses setores, junto com a força da indústria química, são os responsáveis por frear uma queda que poderia ser ainda mais avassaladora do setor industrial e do PIB alagoano. O superintendente de Indústria, Comércio e Serviço da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo, André Luiz Gomes, reconhece que a crise é nítida em todo o País e tem um reflexo maior num estado pobre como Alagoas. Quanto a atrair investimentos, “por incrível que pareça, várias empresas têm nos procurado para se instalar em Alagoas”, informa André. Mas isso apenas em setores que não foram tão afetados. “Estamos num processo de modernização da legislação tributária, política e fiscal, para aperfeiçoar, dando mais competitividade”, completa. Mas é preciso correr contra o tempo, antes que o Congresso Nacional estabeleça o fim da chamada “guerra fiscal” entre os estados.

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