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Nº 5759
Economia

Crise energ�tica abre novas oportunidades

A sombra da crise político-econômica deixa o horizonte carregado, mas a energia solar quer deixá-la mais branda e os ventos podem afastar nuvens pesadas. Seja com a redução de custos no consumo de energia, desenvolvimento sustentável, benefícios fiscais o

Por | Edição do dia 16/08/2015 - Matéria atualizada em 16/08/2015 às 00h00

A sombra da crise político-econômica deixa o horizonte carregado, mas a energia solar quer deixá-la mais branda e os ventos podem afastar nuvens pesadas. Seja com a redução de custos no consumo de energia, desenvolvimento sustentável, benefícios fiscais ou consolidação de cadeias produtivas, o mercado e o setor produtivo se tornam mais atraentes. Embora os mais pessimistas alardeiem o auge da crise, mais 40 empresas estão se instalando em Alagoas e outras 32 avançam os projeto em fase de negociação. O resultado apresentado ao Conedes pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur) aponta que estes negócios consolidados chegam com quase R$ 2 bilhões em capacidade de investimentos e expectativa de criação de 2.650 postos de trabalho. Já as que se articulam com o governo para viabilizar novos empreendimentos, ou ampliar já existentes, podem trazer mais R$ 760 milhões e gerar outros 1.760 empregos diretos. Junto a setores tradicionais da economia alagoana, como hoteleiro e químico-plástico, o de energias renováveis desponta como um dos mais atrativos. O superintendente de Indústria, Comércio e Serviços da Sedetur, André Luiz Gomes, observa que a crise energética é uma oportunidade para o desenvolvimento de Alagoas, que saiu na frente dos outros Estados. “Além de você ter um cunho de sustentabilidade, alavanca outros setores, como no caso da energia solar, por exemplo, que pode ser utilizada na agricultura ou em programas habitacionais como o Minha Casa Minha Vida”. O Estado tem hoje o potencial para as matrizes de energia solar, eólica e de biomassa porque já investe em pesquisas há algum tempo. “Estudos apontaram que nosso solo é muito propício para o plantio de eucalipto. Hoje, com a vinda da Duratex, você começa a solidificar uma cadeia produtiva”, informa André. A fabricante de placas deve ancorar empresas satélites (como já acontece com a Braskem e a Portobello), tanto que já passou para o governo uma lista grande de fornecedores interessados em se instalar aqui. “Já identificamos 12 potenciais investidores”. Sobre a energia eólica, o superintendente prefere ser discreto, mas admite que “a partir do momento que você tem uma empresa que gera matéria-prima (no caso, as pás eólicas), aumenta a capacidade de instalação para se investir no fornecimento de energia”. A vinda ao mercado passa a ficar mais atraente e, com um empurrãozinho do benefício fiscal, pode ficar melhor ainda. Este é o papel do governo, identificar as potencialidades e modernizar a legislação para aumentar a competitividade.

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