Com�rcio e servi�os planejam mais demiss�es
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Por | Edição do dia 06/09/2015 - Matéria atualizada em 06/09/2015 às 00h00
Rio de Janeiro, RJ A recuperação da atividade no segundo semestre, uma possibilidade aventada no início do ano, já não está mais no cenário dos empresários dos setores de serviços e comércio. A turbulência política é um fator de peso sobre a confiança desses segmentos, que pretendem continuar demitindo mesmo em um período que costuma ser marcado por contratações temporárias de fim de ano, segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV). O mês de agosto é quando começam a entrar no radar as contratações temporárias. Mesmo assim, o indicador de emprego previsto caiu. O normal para a época é subir, explica Aloisio Campelo, superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da FGV. O indicador de emprego previsto para o comércio caiu 0,9% em agosto ante julho. Na série sem ajuste, 19,7% das empresas pretendem demitir nos próximos três meses, o maior porcentual já registrado para um mês de agosto desde o início da série (2010). Já o aumento de contratações está nos planos de 10,1% dos empresários, o menor valor já registrado. Nos serviços, o cenário é semelhante. O indicador de emprego previsto recuou 1,4% em agosto ante julho, ao pior nível da série, iniciada em junho de 2008. Ao todo, 25,5% das empresas planejam cortes nos próximos três meses, enquanto 9% devem ampliar o quadro de funcionários. A elevada fatia das que pretendem demitir continua apesar de muitas empresas já terem ajustado o número de empregados.