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Nº 5759
Economia

Alagoas receber� R$ 100 milh�es com e-commerce

Um clique, uma compra, bilhões de lucros e nenhuma arrecadação. A velocidade do comércio eletrônico atropela a maioria das Unidades da Federação, que não recebem um centavo de Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Quando a venda é on-lin

Por | Edição do dia 06/09/2015 - Matéria atualizada em 06/09/2015 às 00h00

Um clique, uma compra, bilhões de lucros e nenhuma arrecadação. A velocidade do comércio eletrônico atropela a maioria das Unidades da Federação, que não recebem um centavo de Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Quando a venda é on-line, todo o tributo fica nos estados de origem, quase sempre São Paulo, Rio de Janeiro e outros “primos ricos” do Sul e Sudeste. Munida de armadura e espada, a pequena Alagoas prepara um golpe de samurai para cortar a malha desta armadilha perversa e liberar o acesso das gigantes do e-commerce ao seu território. A lâmina está afiada pela mudança na legislação que deve entrar em vigor em janeiro de 2016. Só com a partilha do ICMS entre os locais de origem e destino, as compras pela internet devem aumentar a arrecadação do Estado em R$ 100 milhões por ano. Isto sem contar a revolução digital que pode vir por aí. O governo mantém sigilo sobre os nomes das empresas, mas fontes respeitáveis no mercado apontam que as negociações estão avançadas com os dois maiores grupos que atuam no Brasil. As tratativas iniciaram no mês de abril com a Cnova, que aglomera as vendas digitais de Casas Bahia, Ponto Frio, Pão de Açúcar, Extra, Cdiscount, Barateiro, Partiu Viagens e outras empresas, com 260 mil itens e faturamento de R$ 5,5 bilhões em 2014. Na última reunião sobre o projeto, os executivos receberam o próprio governador Renan Filho, em São Paulo, para tratar da implantação de uma central de distribuição e montagem de uma grande cadeia logística em Alagoas. Já no próximo dia 15, a principal concorrente da Cnova envia uma missão ao Palácio República dos Palmares e à Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) porque também planeja se instalar na terra dos guerreiros caetés e quilombolas. Trata-se da B2W, que reúne Americanas.com, Submarino, Shoptime, Sou Barato, Ingresso.com, B2W Viagens (dentre outros), e se anuncia como líder em comércio eletrônico da América Latina, com 500 mil produtos. Na linha de frente do campo de batalha para atrair mais investimentos que outros estados, é preciso ser meio ninja, com o sangue quente de Zumbi, mas sem perder a frieza para focar no futuro. O secretário da Fazenda, George Santoro, tenta encontrar esta receita na Terra dos Marechais. “A gente tem uma clareza que todas essas empresas localizadas no Sul e Sudeste vão acumular créditos ao vender para o Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A tendência, em três ou quatro anos, é elas montarem centros de distribuição nesses estados. Então, a gente está saindo na frente para atraí-los”.

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