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Nº 5759
Economia

Crise econ�mica leva alagoanos a mudar h�bitos

Contas na ponta do lápis. Planilhas, cortes, readaptações do orçamento e prioridades. Com a crise que vem se acentuando a cada mês e refletindo na vida das famílias alagoanas, o jeito é mudar alguns costumes, economizar onde puder para não perder o contro

Por | Edição do dia 13/09/2015 - Matéria atualizada em 13/09/2015 às 00h00

Contas na ponta do lápis. Planilhas, cortes, readaptações do orçamento e prioridades. Com a crise que vem se acentuando a cada mês e refletindo na vida das famílias alagoanas, o jeito é mudar alguns costumes, economizar onde puder para não perder o controle das despesas no orçamento familiar. E como não dá para escapar da mensalidade escolar, do aumento nas contas de água e energia e dos preços que parecem multiplicar no carrinho da feira, em tempos de crise, o prejuízo acaba afetando, logo no primeiro plano, a cota destinada ao lazer e ao conforto. Tem muita gente cortando no cinema, nos passeios em família, no jantar fora de casa e até no auxílio dos serviços domésticos para manter as contas em dia. Foi o que fez a família Carvalho. Com sete filhos – um deles deficiente – e uma renda mensal de R$ 15,5 mil, o casal João e Mércia Carvalho mantém o orçamento planejado e rigorosamente controlado por meio de planilhas fechadas mês a mês, onde entram todos os gastos, desde as despesas maiores, como condomínio, aluguel, escola, supermercado, até a padaria, a gorjeta, o estacionamento e a tarifa bancária. Mas esse controle não impediu a surpresa desagradável de fechar o mês de janeiro com deficit de R$ 2,3 mil na relação entre o planejamento e a execução de gastos do orçamento. E não foi nas taxas de IPTU, IPVA, seguro do carro e material escolar que houve o estouro. Esses gastos, que geralmente se projetam no começo do ano, ficaram dentro da previsão. O que estourou foi a conta do supermercado, dos gastos com alimentação e higiene. Projetados em R$ 1,3 mil, eles chegaram a R$ 2,1 mil em janeiro. A energia também surpreendeu, ultrapassando a previsão em mais de 70% no mês. CORTES O aporte para completar a cobertura da diferença no mês de janeiro veio da poupança, onde o casal guarda 10% do superavit entre receita e despesa de todos os meses. Mas o alerta piscando na luz amarela mostrou que era hora de fazer ajustes nas contas, de cortar de um lado para cobrir o indispensável e manter os compromissos da família em dia, sem ter que abalar as reservas financeiras. Nas despesas fixas, onde entram o plano de saúde, a escola dos filhos menores, o aluguel, a prestação do carro, não deu para mexer. A fisioterapia, os remédios, fraldas e cuidados com o filho especial, que sofre de um tipo de paralisia, nem pensar. Não foi fácil, mas Mércia e João tiveram que dispensar a empregada doméstica e substituí-la por uma diarista.

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