Alagoas volta a ser l�der em adultera��o da gasolina

Alagoas voltou a liderar o ranking de “Não Conformidade (NC)” – ou adulteração – da gasolina. É o que mostra o Boletim de Qualidade da ANP (Agência Nacional do Petróleo), com os resultados de dezembro de 2002. Segundo a pesquisa, das amostras coletadas no Estado, no mês passado, 13,2% estavam irregulares ou fora do padrão. Em dezembro, a ANP analisou 7.141 amostras de combustível no Brasil por meio de convênios com universidades e laboratórios. Desse total, 426 apresentaram problemas, o equivalente a 6%. No Estado, foram 68 amostras, das quais nove ou 13,2% estavam fora de padrão. Depois de Alagoas, em segundo lugar apareceu o Estado de São Paulo, com 11,4%, seguido do Maranhão (8,7%), Pernambuco (8,1%), Piauí e Bahia (ambos com 7,9%). Em relação a dezembro de 2001, a adulteração teve queda acentuada – de 29% para 13%. Mas quando comprado com resultados recentes, (outubro 3,8% e novembro 12,2%) o índice de NC representa crescimento. O resultado não chegou a surpreender o Sindicombustíveis (Sindicado do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo de Alagoas), que conseguiu reduzir a adulteração em Alagoas depois de realizar, no ano passado, a campanha Posto Nota 10. Mas, a campanha só garante a qualidade dos postos participantes, como faz questão de ressaltar o presidente do sindicato, Mário Jorge Uchoa. “Nossa campanha só atinge 189 postos, enquanto os testes da ANP são feitos em 325 postos. O que posso assegurar é que nos postos da campanha o índice é próximo de zero”, explica. No caminho inverso da gasolina, o boletim da ANP revela queda acentuada na “NC” do álcool, de 23,1% em novembro, para 9,1% em dezembro e do diesel, de 4,2% para zero porcento. O subsecretário da Fazenda, Evandro Lobo, concorda com Uchoa e recomenda que o consumidor redobre a atenção na hora de abastecer. “Recomendo que só abasteçam nos postos que tem o selo da campanha Nota 10”, enfatiza.