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Nº 5812
Economia

Valor do m�nimo deveria ser R$ 1.084,91

São Paulo - O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese)  defende que o salário mínimo  deveria ser de R$ 1.084,91, seis  vezes o valor do atual, de R$ 180. Segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica do Dieese, somente

Por | Edição do dia 06/03/2002 - Matéria atualizada em 06/03/2002 às 00h00

São Paulo - O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese)  defende que o salário mínimo  deveria ser de R$ 1.084,91, seis  vezes o valor do atual, de R$ 180. Segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica do Dieese, somente este valor seria suficiente para a aquisição da cesta básica de mais alto valor, no caso a de Porto Alegre (R$ 129,14) e para atender aos preceitos constitucionais que estabecem que o salário mínimo deve ser garantir o suprimento das necessidades de uma família com alimentação, moradia, educação, saúde, transportes, vestuário, higiene pessoal, lazer e previdência social. A pesquisa indica ainda que o trabalhador brasileiro precisou cumprir, em fevereiro, uma carga horária de 140 horas e 46 minutos para conseguir se alimentar. Esse volume de trabalho foi menor do que o necessário em janeiro, quando era necessário trabalhar 141 horas e 38 minutos para adquirir a mesma compra. Pelo levantamento do Dieese em 16 capitais, em fevereiro a média do custo da cesta básica representou 69,29% do mínimo, ante os 69,71%, de janeiro e os 74,70% apurados em fevereiro do ano passado. Custo de Vida O Índice do Custo de Vida (ICV), medido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), para o município de São Paulo, apontou taxa de 0,13%, em fevereiro, bem inferior ao índice registrado em janeiro (1,06%). A queda no preço da gasolina levou a taxa medida pelo ICV para baixo, contribuindo também para este comportamento de queda as variações negativas, ou próximas a zero, os grupos de alimentação e vestuário. O setor de saúde foi o que apresentou maior reajuste nos preços (2,30%), impulsionados pelas altas nos medicamentos e produtos farmacêuticos (3,32%) e na assistência médica (2,03%). As despesas com habitação apontaram variação de (0,38%), por conta do aumento dos itens impostos e condomínios (0,77%), locação (1,19%), conservação de domicílio (0,49%) e elevação dos preços de materiais de construção (0,94%).

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