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Nº 5759
Economia

Empresas visam ao mercado exterior

Londres – A crise econômica, agravada pelo cenário político turbulento, tem acelerado os planos de expansão de empresas brasileiras no exterior. Com o real desvalorizado, muitas companhias, sobretudo as de commodities, buscam ampliar as exportações. Boa p

Por | Edição do dia 28/02/2016 - Matéria atualizada em 28/02/2016 às 00h00

Londres – A crise econômica, agravada pelo cenário político turbulento, tem acelerado os planos de expansão de empresas brasileiras no exterior. Com o real desvalorizado, muitas companhias, sobretudo as de commodities, buscam ampliar as exportações. Boa parte também tem arriscado a abrir subsidiárias em outros países, como forma de diversificar receita e reduzir a dependência do mercado interno. O fluxo maior de expansão no exterior, segundo especialistas ouvidos pela reportagem, é para os Estados Unidos, reflexo do maior potencial do mercado consumidor americano. As consultas para investir nos EUA saltaram 70% no ano passado, para 7,6 mil, de acordo com a Câmara Americana de Comércio (Amcham), com base em downloads baixados no site da Amcham por interessados em fazer negócio nos EUA. O mesmo movimento, um pouco mais contido, foi observado para o Reino Unido. No mesmo período, houve acréscimo de 30% em consultas para investir na região, segundo a agência britânica de comércio e investimentos (UKTI), que conta com 82 empresas brasileiras, de diferentes portes. “Há uma tendência geral em momentos de crise: empresas tentam diversificar sua receita e buscam outros mercados”, diz Welber Barral, ex-secretário de comércio exterior, à frente da consultoria Barral MJorge. Barral, que faz consultorias para agências governamentais e empresas, vê um forte movimento de companhias que buscam oportunidades nos EUA e no mercado europeu. “Na Europa, a Inglaterra torna-se principal opção, por sua forte referência como centro financeiro global e porta de entrada para os países europeus, mais protecionistas.” A mineradora Magnesita, produtora de materiais refratários – usados pelas indústrias siderúrgicas –, controlada pela GP Investments, está se preparando para transferir sua sede para Londres. A empresa, que aprovou a criação da holding Mag Internacional no fim de 2015, pretende listar suas ações na London Stock Exchange e seus principais executivos – presidente, diretor financeiro e jurídico e de relações institucionais – já preparam a mudança.

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