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Alagoas aumenta produ��o de a��car e �lcool

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EDIVALDO JUNIOR A safra de cana-de-açúcar 2002/03 está nos seus últimos dias. Terminará pelo menos dois meses antes se comparada com a moagem anterior, encerrada em abril. A diferença, entre as duas colheitas, foi a chuva. Demais na safra passada. De menos, nesta. E se tem pouco água no campo, a produção tende a ser menor. Depois de estimar um crescimento de até 15% em relação à safra anterior, os dirigentes do setor sucroalcooleiro corrigiram, ao longo da colheita, iniciada em setembro de 2002, seus cálculos. Na última avaliação, o Sindaçúcar (Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool) Edgar Antunes CRPAAA (Cooperativa Regional dos Produtores de Açúcar e Álcool de Alagoas), apontaram uma repetição na produção agrícola. Hoje a estimativa é de que o Estado produza cerca de 23 milhões de toneladas de cana. Praticamente o mesmo volume da safra 2001/02, que registrou uma produção de 23,1 milhões de toneladas. A expectativa, no entanto, é de crescimento significativo na produção industrial (açúcar, álcool e melaço). A fabricação desses produtos – especialmente o açúcar (demerara, cristal e refinado) deve aumentar pelo menos 12% em relação a safra anterior. De novo, a chuva é a responsável pelo desempenho do setor. Na safra anterior, o excesso de umidade durante a colheita deixou a cana mais “aguada”. Nesta safra, a escassez de chuva provocou efeito inverso. A planta chegou na indústria mais seca e mais rica em açúcar . A cana colhida nesta safra tem pelo menos 10% mais de ATR (Açúcar Total Redutor) –medida técnica utilizada pelo setor para determinar o quanto a planta pode produzir de açúcar. O ATR médio da safra 2001/02, até o final de janeiro, segundo boletim técnico do Sindaçúcar era de 139,86 kg por tonelada de cana . Na safra anterior, o ATR foi de cerca de 116 kg/tonelada. Até o final de janeiro, a produção acumulada de açúcar da safra 2002/03 era de 37.573.440 sacos de 50kg, sendo 23.076.242 de sacos de demerara, 11.898.157 sacos de cristal e 2.599.041 sacos de refinado. No mesmo período, a produção acumulada de álcool era de 497.989 m3 (metros cúbicos), sendo 217.124 m3 de anidro e 280.865 m3 de hidratado. A produção acumulada de melaço excedente era de 204.322 toneladas. De acordo com o presidente do Sindaçúcar, Jorge Toledo a produção industrial da safra 2002/03 pode ter um rendimento entre 12% e 20% melhor do que a anterior, dependendo do produto. O Sindicato, no entanto, só deve divulgar esses números após o encerramento da moagem. +++ Japão quer importar álcool do Brasil para adicionar na gasolina Tóquio - A Mitsui, gigante japonesa do setor químico, prepara-se para importar etanol do Brasil para funcionar como aditivo misturado à gasolina. “Vai começar com 2% de adição à gasolina, mas chegará a até 10%”, diz o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan. Se o programa japonês for mesmo adiante, o Brasil poderá obter US$ 350 milhões em exportações. Além disso, a expectativa é que sejam gerados 40 mil novos empregos no Brasil. Furlan, que está em Tóquio para participar da reunião miniministerial da OMC (Organização Mundial do Comércio) sobre liberalização comercial, diz que, agora, pretende entender como funciona a coisa “do outro lado do balcão”. É que ele era presidente da Sadia até assumir o posto de ministro no governo Lula. Tanto em uma como em outra função, Furlan sempre foi um obcecado pelas exportações brasileiras. Agora, como ministro, festeja o fato de que os japoneses podem importar o etanol produzido no Brasil. Os japoneses desenvolveram uma tecnologia nova para a produção de álcool, de forma a não precisar usar energia para tirar a água do combustível. Se o álcool já é mais limpo, ambientalmente, do que a gasolina, com a nova técnica fica ainda mais limpo.

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