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Nº 5814
Economia

Crise amea�a 5 mil empregos na avicultura de AL

EDIVALDO JUNIOR A avicultura de corte está ameaçada de desaparecer do mapa de Alagoas. E junto com ela pelo menos cinco mil empregos diretos e indiretos gerados pelo setor. O alerta foi feito, ontem pela manhã, por um grupo de granjeiros, durante reunião

Por | Edição do dia 18/03/2003 - Matéria atualizada em 18/03/2003 às 00h00

EDIVALDO JUNIOR A avicultura de corte está ameaçada de desaparecer do mapa de Alagoas. E junto com ela pelo menos cinco mil empregos diretos e indiretos gerados pelo setor. O alerta foi feito, ontem pela manhã, por um grupo de granjeiros, durante reunião com o subsecretário da Fazenda, Evandro Lôbo. De acordo com a Avisal (Associação dos Avicultores de Alagoas) 80% das granjas alagoanas já fecharam suas portas. E, se nenhuma medida for adotada, o restante também vai encerrar suas atividades. “Só em Viçosa já foram fechadas mais de 40 granjas nos últimos anos”, alertou o presidente da Avisal, Klécio dos Santos. “Nossa maior dificuldade, nesse momento, além da escassez do milho e da alta do dólar, é a concorrência desleal com produtores de outros Estados”. Completou. O avicultor Álvaro Vasconcelos, também presente ao encontro, revelou extrema preocupação com o quadro. “Hoje quem produz frango em Alagoas, está pagando para trabalhar. Estamos perdendo de R$ 0,15 a R$ 0,20 por quilo de frango produzido. Se continuar assim, com mais uns dois ou três meses todas as granjas vão fechar e milhares de trabalhadores vão ficar desempregados”, resumiu. Entre as medidas sugeridas pelos produtores está o reforço da fiscalização nas divisas de Alagoas, mudança no preço de pauta do frango e acompanhamento da comercialização do produto congelado nos supermercados. “Tem chegado frango congelado com uma quantidade de água acima da permitida pelo Inmetro. O consumidor está sendo lesado e não sabe. Está pagando pela carne, no entanto em alguns casos leva até 25% de água para casa”, alertou Klécio dos Santos.

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