Economia
Medicamentos sobem 91,13%

O preço dos medicamentos subiu até 91,13% em abril, segundo pesquisa divulgada ontem pelo Conselho de Farmácia do Distrito Federal (CRF-DF) e do Instituto Brasileiro de Defesa dos Usuários de Medicamentos (Idum). O maior aumento foi registrado no anti-hipertensivo genérico Cloridrato de Ranitidina, que custava R$ 13,87 e passou a custar R$ 26,51, um aumento de 91,13%. O CRF-DF vai encaminhar a pesquisa ao governo federal e ao Ministério Público. Cancelamento O Conselho quer cancelar os reajustes aplicados nos preços dos medicamentos a partir de 1º de abril. Segundo o CRF-DF e o Idum, a indústria farmacêutica usou como justificativa erros de impressão das listas de preços, para reajustar o preço dos medicamentos. No final de fevereiro, um acordo entre o governo federal e a indústria farmacêutica liberou os preços de 260 medicamentos. A lista abrange somente medicamentos cuja venda não exige prescrição médica e têm grande competitividade no mercado - pelo menos cinco concorrentes. Os demais remédios continuarão com os preços controlados até junho deste ano. Ao todo são cerca de 3.000 medicamentos no mercado. Durante o congelamento está autorizado apenas um aumento, a partir de 1º de março. O reajuste médio será de 8,63%. Segundo o CRF-DF, a indústria farmacêutica contrariou o acordo e aplicou reajustes acima do limite permitido, além de incluir na lista aumentos estavam com os preços congelados.