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Assédio afeta servidores públicos

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Muitas pessoas são vítimas e nem se dão conta. O assédio no ambiente de trabalho das repartições públicas, seja ele moral ou sexual, é realidade em Alagoas e pode começar com o que aparenta ser um simples elogio, que parte de uma pessoa que ocupa um cargo superior. Depois vêm o excesso de demanda, tratamentos diferenciados, exposições desnecessárias, convites, olhares, reuniões que não estavam marcadas e, em alguns casos, abraços forçados, gestos de carinhos que não são espontâneos, pedidos constrangedores e até tentativas de beijos roubados. Na maioria dos casos, a vítima sofre sozinha com essa situação e tenta enfrentá-la para não perder o emprego. Em algumas ocasiões, no entanto, a tentativa de comunicar a colegas de trabalho ou outros gestores resulta em frustração. A resposta é sempre a mesma: aprenda a lidar com isso ou peça para sair. Os casos de assédio são comuns, assim como a omissão e o medo de denunciar também são. Mesmo assim, apesar da alta subnotificação, os números relacionados ao assédio nos ambientes de trabalho assustam. O Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região (TRT19), por exemplo, registrou 1.138 casos de assédio moral e outros 48 de assédio sexual somente no ano de 2016. No ano passado, esse quantitativo chegou a 948 e 26, respectivamente. Uma pesquisa realizada em 2015 pelo site vagas.com apontou que, de 4.975 pessoas entrevistadas em todas as regiões do País, 52% disseram ter sido vítimas de assédio sexual ou moral, sendo que somente 12,5% destas fizeram denúncia. ?Aqui em Alagoas o panorama não é muito diferente. Lamentavelmente, nos dias atuais, são muitos os casos, porém não temos uma estatística precisa e nem todas as ocorrências chegam ao TRT, talvez em decorrência do medo e do temor da vítima?, afirma o juiz do trabalho Flávio Costa. O caso ocorrido com a ex-servidora pública Maria das Graças* é um exemplo de subnotificação. Ela conhece bem o sentimento e as consequências de ser vítima de assédio no ambiente de trabalho. Passou de melhor a pior funcionária da repartição dentro do período de um ano, adoeceu e acabou sendo demitida. Tudo porque não cedia às insistentes cantadas do chefe.

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