Economia
Agricultura promete apoiar apicultores

Depois de seis anos de seca e abandonados pelo poder público, os apicultores alagoanos tiveram mais de 60% dos apiários de micros e pequenos produtores destruídos. As cooperativas e associações tentavam apoio público para conseguir recursos a fim de socorrer os produtores que querem retomar a produção. Ontem, o secretário estadual de Agricultura, Antônio Dias Santiago, revelou que a Câmara Setorial de Apicultura da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) voltou a funcionar, depois de muito tempo desativada. Os problemas enfrentados pelos apicultores alagoanos foram divulgados em reportagem da Gazeta nesse final de semana. Os dois principais lideres dos apicultores, os pesquisadores e criadores Mário Agra e Mário Calheiros, revelaram que o Estado produz a própolis mais cobiçada pelos mercados asiáticos, dos Estados Unidos e europeu. Porém, o setor não tem apoio do poder público para evitar as ações dos atravessadores que faturam alto no mercado informal. A própolis de Alagoas é reconhecida pelo Ministério da Agricultura, tem o selo do INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), e é cobiçada pelo no mercado externo. O quilo do produto é vendido pelos produtores alagoanos a preço que varia entre R$ 500 e R$ 700. Os intermediários revendem cinco vezes mais caro porque até então só eles tinham o selo do Serviço de Inspeção Federal Internacional (Sifi). Até 2012, o Sebrae investiu para que o setor conseguisse o selo da Indicação Geográfica do INPI e o processo ajudou a propagar a importância da própolis vermelha que hoje é considerada como a melhor do mundo.