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Violência no campo é realidade entre os acampados do Agreste

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A agricultora Maria Bethânia da Silva, 32 anos, mãe de quatro filhos e casada com um dos coordenadores do MST, Cícero Ferreira, revelou que há mais de 10 anos mora em barracos de lona e enfrenta despejos judiciais em áreas ocupadas. ?Nós queremos terra para plantar e produzir. Até conseguir, vamos lutar?, afirmou. Os acampados da região do Agreste enfrentam problemas semelhantes, como a violência no campo contra a luta pela reforma agrária, falta de terra, de sementes e de condições para produzir em áreas ocupadas. O coordenador nacional da Via do Trabalho, Marcos Antônio da Silva ? Marrom ? revelou que tem mais de 10 mil acampados com bandeiras de oito movimentos agrários e ocupam terras em todo o Estado. ?O Incra não assenta ninguém desde o governo Dilma Roussef (PT) e o Instituto de Terra de Alagoas (Iteral) também não tem recursos para aquisição de terra. Por isso, os movimentos mantém as ocupações para forçar a reforma agrária em terras improdutivas e de proprietários que devem muito dinheiro aos governos federal e estadual?. Marrom estava acompanhado da camponesa Marluce dos Santos, de 53 anos, que é do acampamento Padre Cícero, no município de Teotônio Vilela, junto com mais de 200 famílias. ?Nós plantamos feijão, macaxeira, amendoim, batata. Está na hora de preparar a terra e depois vamos precisar de sementes. Se as autoridades perceberem isto vão contribuir com a produção de alimentos e a redução da violência no campo?, acredita a agricultora. O agricultor José dos Santos Silva, de 63 anos, também do acampamento Padre Cícero, disse estar pronto para plantar feijão e garantir dois empregos rurais. Ele tem oito filhos, seis recentemente foram tentar a vida em São Paulo porque se desiludiram com a reforma agrária. ?Não vou desistir. Vou continuar plantando nas terras ocupadas até um dia eu ganhar o meu lote?, disse.

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