Economia
Lagoa pode esconder grande reserva de �leo

Além de reabrir os poços desativados pela Petrobras, a Petrosynergy vai investir no subsolo da Lagoa Mundaú, que integra o lençol petrolífero dos campos do Tabuleiro. Como a legislação ambiental proíbe perfuração de poços no leito das lagoas, a empresa vai explorar o subsolo lagunar através de uma técnica chamada perfuração direcional, feita a partir de um ponto em terra firme, próximo à lagoa. ?Acreditamos na existência de grande reserva de óleo no subsolo da lagoa e antes de perfurar novos poços no litoral norte do Estado vamos explorar essa área??, informou Flávio Mach Barreto. A participação da Marítima no mercado alagoano, além de incrementar a produção de petróleo, vai abrir novos postos de trabalho e aumentar a arrecadação de impostos. Quando a empresa assumiu parte das operações da Petrobras no Estado, a maioria dos 45 poços estava desativada. A simples reabertura desses poços proporcionou a criação de 25 empregos diretos e a meta é fechar o ano com pelo menos 100 novos postos de trabalho. Toda a mão-de-obra é local e está sendo treinada pelo Cefet-AL em convênio com a Marítima. A empresa também pretende investir na construção de pequenas centrais hidrelétricas (PGHs), atendendo às expectativas do governo brasileiro em relação à necessidade de investimentos privados na geração de energia elétrica. A empresa ainda não tem projetos para Alagoas, mas já conhece o potencial de aproveitamento das quedas de água existentes no Estado. ?Estamos nos preparando para iniciar a construção de três unidades com capacidade para 45 mil KW, que serão instaladas na Região Sul e Sudeste do País, produzindo energia elétrica a partir da energia hidráulica??, explicou o diretor da Petrosynergy. A Marítima tem 30 anos de atividade; nasceu líder no setor de instalações submarinas e logo se transformou na maior fornecedora integrada de serviços submarinos no Brasil, operando com mergulho e com veículos submarinos de orientação remota nas atividades de lançamento de linhas, inspeção, construção e manutenção de instalações submarinas em águas profundas, além de operações de apoio of-shore e on-shore. Além das atividades petrolíferas, a Marítima opera nos segmentos de telecomunicações, geração de energia e transporte aéreo. ?Nossa empresa é hoje uma das principais fornecedoras de unidades flutuantes de produção de petróleo completas, atuando simultaneamente no projeto de engenharia, compra de materiais, construção e conversão de plataformas??, enfatizou Flávio Mach, que esteve em Maceió com outros dirigentes da Marítima para anunciar o plano e investimento no Estado. (F.A.)