‘Salário é insuficiente para as necessidades”, diz economista

A economista Luciana Caetano pondera que para os mesmos itens, é possível que os preços sejam diferenciados a depender do local onde é comercializado, da qualidade do produto ou do fabricante. Segundo ela, mesmo para produtos agrícolas, os preços podem ser diferenciados, fazendo com que uma mesma relação de compra tenha custo distinto para diferentes grupos sociais. ?Em tese, o custo é o mesmo; na prática, depende do grau de exigência de cada consumidor. Até o pão francês muda de preço, a depender do local onde é comprado?, avalia. ?O salário atual, mesmo após um período de ganhos reais (valorização de 80% entre 2002 e 2015, pelo INPC) é insuficiente ao atendimento das necessidades básicas de uma família com três pessoas?, declara. A economista lembra que os governos do Partido dos Trabalhadores fizeram um esforço ?gigantesco? para assegurar um reajuste acima da inflação, enfrentando a resistência de empresários e prefeitos. Segundo ela, o que faz a economia crescer são políticas de distribuição de renda para estimular consumo e investimento. ?O que se vê no país, desde 2016, é uma puxada no freio de mão, comprometendo as engrenagens dessa economia e retomada de seu crescimento. O mais grave é que a reforma trabalhista tende a mascarar o desemprego, fazendo parecer crer que a economia e o emprego voltaram a crescer?, alerta.