Economia
Em queda livre, d�lar cai 2,6% e risco-pa�s 4,1%

São Paulo - Depois de dois dias, o dólar comercial voltou a fechar ontem abaixo de R$ 3 com o mercado animado por boas notícias sobre a economia do país e pelos rumores de novas captações de empresas brasileiras no mercado externo. No encerramento dos negócios, a moeda foi vendida a R$ 2,945, com desvalorização de 2,64%. Esse é o seu menor valor em uma semana. Em um mês, o dólar acumula queda de 7,23%. Entre os principais fatores que explicam a acentuada baixa, ontem, está o sucesso de uma rolagem de dívida cambial feita pelo Banco Central, que reforçou o bom humor apresentado pelo mercado desde o início do expediente. Logo na abertura, a divulgação de que a inflação na cidade de São Paulo recuou para 0,57% em abril -menor taxa em 10 meses-, segundo o o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), animou os investidores. Bolsa em alta A desaceleração da inflação, a melhora no risco Brasil e o avanço da cotação de títulos brasileiros no exterior impulsionaram os negócios na Bolsa de Valores, que fechou com alta de 2,47% e giro financeiro de R$ 983,797 milhões. As vedetes do dia foram as ações do setor de energia, principalmente geradoras, que dispararam com a possibilidade de reajuste do preço mínimo da energia no MAE (Mercado Aberto de Energia). Risco em baixa A melhora de percepção dos investidores em relação ao Brasil segue derrubando a taxa de risco do País. O risco-país, medido pelo banco J.P. Morgan, e que serve de termômetro sobre a capacidade de o país honrar seus compromissos, que encerrou a terça-feira com valorização, inverteu a trajetória nesta quarta-feira e recuou 4,14%, para 763 pontos-básicos acima dos títulos do Tesouro norte-americano. A performance do risco acompanha a evolução das cotações dos papéis da dívida externa, principalmente do C-Bond. O principal título da dívida brasileira negociado no exterior teve queda de 1,55%, para 89,87% do valor de face.