Economia
Dólar fecha com alta de 0,98%

São Paulo, SP Dúvidas em torno da permanência do ministro Joaquim Levy à frente da Fazenda levaram o dólar à máxima de R$ 3,818 ontem, mas o avanço da cotação perdeu força durante a tarde após a presidente Dilma Rousseff ter convocado reunião para dar unidade interna em torno do titular da equipe econômica e evitar que ele deixe o cargo por falta de apoio. Depois de ter subido até 1,49% durante o dia, o dólar comercial, utilizado em transações no comércio exterior, fechou praticamente estável, com leve queda de 0,05%, para R$ 3,760. Já o dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve valorização de 0,98%, cotado em R$ 3,783 na venda. É o maior valor desde 12 de dezembro de 2002, quando valia R$ 3,791 (ou R$ 6,23 hoje, após correção inflacionária). Reportagem publicada pela Folha de S.Paulo revelou que o ministro procurou na véspera a presidente Dilma Rousseff e seu vice, Michel Temer, para reclamar de isolamento e falta de apoio no governo, pondo em dúvida sua permanência no cargo se a situação não mudar. Após falar com Levy por telefone, a presidente Dilma fez na véspera uma defesa pública do ministro, dizendo que ele não está desgastado nem isolado no governo. Na tarde de ontem, Levy cancelou a viagem que faria para a Turquia, onde participaria da reunião de ministros de finanças e presidentes de banco centrais do G20, para ir à reunião convocada por Dilma com os ministros Nelson Barbosa (Planejamento) e Aloizio Mercadante (Casa Civil).