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Nº 5759
Economia

Diretor do BC prev� juros mais baixos no segundo semestre

Brasília - O Banco Central aposta no novo Sistema de Pagamentos (SPB) como um instrumento para ajudar na redução do custo dos empréstimos  para o consumidor. Segundo o  diretor de Política Monetária do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, o SPB começa

Por | Edição do dia 15/03/2002 - Matéria atualizada em 15/03/2002 às 00h00

Brasília - O Banco Central aposta no novo Sistema de Pagamentos (SPB) como um instrumento para ajudar na redução do custo dos empréstimos  para o consumidor. Segundo o  diretor de Política Monetária do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, o SPB começa a operar em 22 de abril, mas os efeitos nas taxas, cobradas pelos bancos nas operações de crédito, deverão ser verificados a partir do segundo semestre deste ano. Figueiredo, que ontem apresentou a cartilha que será distribuída aos correntistas explicando como funciona o SPB, garantiu, ainda, que não haverá aumento da taxa de administração, cobrada dos cotistas de Fundos de Investimento (FIF’s). A afirmação teve o aval do presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Gabriel Ferreira. “Com o novo SPB vai aumentar a velocidade de circulação da moeda e o risco de crédito das instituições financeiras vai diminuir. Isso possibilitará a redução dos juros. Não dá para mensurar quanto agora, mas no segundo semestre já dará para sentir a queda”, afirmou Figueiredo. Segundo o diretor, como muitos pagamentos passarão a ser compensados mais rapidamente - por meio do instrumento de transferência de recursos em tempo real (TED) - o dinheiro circulará numa velocidade maior na economia. Hoje, um cheque, dependendo do valor, demora entre 24 horas ou 48 horas para ser compensado. Com isso, o dinheiro fica parado. DOC Além disso, com a transferência em tempo real, o risco de crédito de uma operação é menor, o que faz com que os bancos tenham de comprometer uma parcela menor do seu patrimônio para fazer frente aos empréstimos concedidos. A expectativa do diretor é que isso possibilite aumento do volume de crédito oferecido. O BC acredita, ainda, que o atual DOC, usado para fazer transferências de valores, cairá em desuso. O valor cobrado por esse serviço também será menor. “Deverá ser algo entre 60% a 70% do preço cobrado pelo DOC atualmente”, disse Figueiredo. Inicialmente, empresas e correntistas em geral terão prazo de seis meses para se acostumar com as mudanças que serão estabelecidas. Em abril O SPB entra em funcionamento em abril mas até novembro as regras ainda terão certa flexibilidade. “Será um processo natural. Por que fazer um DOC se existe instrumento melhor?”, exemplificou o diretor, ressaltando que, assim como o cheque, o DOC não será proibido.

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