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Brasil cresce acima da média mundial

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| JAMIL CHADE Agência Estado Mesmo com a valorização do câmbio, as exportações brasileiras cresceram 24% em valores nos oito primeiros meses do ano. Segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC), a taxa de aumento é bem superior à média mundial. Na avaliação da entidade com sede em Genebra, o crescimento do comércio internacional em dólares foi de 14% até agosto deste ano. Em termos de volume, o crescimento esperado do comércio mundial para 2005 deverá ser de 6,5%, abaixo das taxas registradas em 2004. A OMC publicou semana passada suas novas estatísticas sobre os fluxos de importação e exportação. Em 2004, o crescimento nos volumes das exportações foi de 9%, enquanto o aumento nominal foi de 21%. No total, os fluxos internacionais de bens e serviços chegaram a US$ 8,9 trilhões. Em 2003, o crescimento havia sido inferior ao que se prevê para esse ano e foi de apenas 5%. desaceleração mundial Para 2005, a entidade constata que, diante da desaceleração do PIB mundial, o comércio também será impactado. Segundo a entidade, o crescimento do PIB mundial no primeiro trimestre foi de 2,6%, contra 3,5% em todo ano de 2004. Mesmo com a retomada do crescimento no Japão, a Europa continua fraca. No caso dos Estados Unidos, as exportações cresceram mais que as importações no primeiro semestre do ano. A desaceleração ainda vai ser sentida na Ásia e na América do Sul em especial. Enquanto o crescimento do comércio permanecer em níveis satisfatórios em 2005, a tendência à desaceleração é motivo para alguma preocupação, afirmou Pascal Lamy, diretor-geral da OMC. Segundo ele, as economias precisam manter o ritmo de crescimento e criar novas possibilidades de comércio para os países em desenvolvimento. Em sua avaliação, apenas a rodada de negociações da OMC pode oferecer isso, apesar de estar nesse momento paralisada, diante da falta de um entendimento sobre a liberalização agrícola. Além da desaceleração do PIB mundial, outro motivo para os resultados de 2005 foi a redução das taxas de expansão do comércio, principalmente na Ásia e na Europa. Ajustadas ao câmbio, as exportações dos países ricos praticamente estiveram estagnadas no primeiro trimestre do ano, mas se recuperaram entre abril e agosto. Na avaliação da OMC, porém, essa recuperação não deve ser mantida diante da perspectiva de crescimento reduzido da economia européia e diante das incertezas em relação ao preço do petróleo. Com o aumento de 43% nos preços do petróleo em 2004, a OMC estima que essa tendência tenha ajudado as exportações dos países do Oriente Médio, mas afeta a confiança dos consumidores nos países ricos e, portanto, as próprias importações. Já os minérios tiveram aumento de exportações de 30% em 2004, com reajuste de 24% nos preços. Brasil Já o desempenho do Brasil é avaliado com atenção pela OMC desde o ano passado. Nos primeiros oito meses do ano, o aumento em termos nominais em exportações foi de 24%, contra reajuste de 23% no Chile e de 15,7% na Argentina. A média da América do Sul, porém, foi de 27%, incentivada pelos ganhos da Venezuela com os preço do petróleo. Mesmo assim, a média da região foi inferior a de 2004, quando o aumento foi de 33%. Até esse ano, o Brasil se mantinha na 25ª posição entre os maiores exportadores do mundo e entre os 29 maiores importadores. Já em 2004, o Brasil mostrou crescimento superior ao da região e passou a representar um terço das exportações do continente, segundo a OMC. O órgão ainda destaca que, em 2004, o Brasil se tornou o maior exportador de serviços de turismo da região, superando a República Dominicana. No mundo, o setor movimenta US$ 626 bilhões e cresceu 18% em 2004. No caso do Brasil, o aumento foi de 30%. A entidade ainda aponta que os preços dos produtos agrícolas se estagnaram este ano, enquanto os dos alimentos até caíram. Pior, em 2004, os produtos agrícolas foram os bens que tiveram o menor crescimento em termos nominais. O aumento em volume foi de apenas 3,5%, contra um aumento médio mundial de 9%.

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