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Gastos com alimentação são seis vezes maiores entre os ricos

Feira do mês de uma família rica alagoana dá pra encher o armário de uma família pobre durante metade do ano

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As frutas na mesa das famílias humildes representam um gasto três vezes mais inferior que o dos ricos alagoanos
As frutas na mesa das famílias humildes representam um gasto três vezes mais inferior que o dos ricos alagoanos -

Não só em relação aos gastos supérfluos fica evidente a disparidade, mas em despesas essenciais, como saúde. Enquanto ricos dispõem de R$ 1.527,75 para serviços de cirurgia, pobres míseros R$ 0,78 para esta finalidade, valor inferior ao mais simples dos remédios. Até para ganhar na loteria o investimento é distante, os pobres sonhadores empregam R$ 2,09 para fazer uma “fezinha”, já no caso dos ricos pode-se dizer que eles fazem uma “fezona”, investindo R$ 46,56 na sorte. Na hora do lazer e cultura, mais contraste. Endinheirados gastam R$ 518,66, mais da metade de um salário mínimo, enquanto o lazer e a cultura dos pobres consomem R$ 28,02. Ricos gastam mais que pobre apenas quando o assunto é pagar contas e impostos. Para os mais necessitados os impostos representam gastos de R$ 6,08, enquanto para ricos são R$ 3.888,67. Pensões, mesadas e doações comprometem R$ 5,45 do orçamento mensal dos carentes e R$ 254,47 na despesa dos afortunados. Tida como segurança diante do cenários de incertezas, a previdência privada é um gasto mensal médio de R$ 5,45 para os pobres, mas, R$ 45,38 para ricos. Por falar em contas, o gasto médio de um rico alagoano com energia elétrica daria para pagar seis meses do mesmo gasto em um lar carente. A conta do rico é, em média, R$ 340,96, enquanto a do pobre é R$55,51. Comum entre todas as classes, o gasto com celular fica em R$ 7,19 para os lares mais humildes, e em R$ 60,42 para endinheirados.

ALIMENTAÇÃO

A discrepância entre as classes sociais chega à mesa também. Com pouco dinheiro, pobres fazem multiplicação do “pão de cada dia” enquanto ricos escolhem dentro de um cardápio variado. Enquanto a alimentação dos pobres custa R$ 268,73 mensais, a dos ricos é R$ 1.814,49. Ou seja, a “feira” do mês de uma família rica alagoana dá pra encher o armário de uma família pobre durante metade do ano. Na verdade encher o armário nem tanto, porque diferente dos pobres em que o gasto com alimentação fica 88% no domicílio, no caso dos ricos só 37% desse gasto fica em casa. Já quando o assunto é comer fora de casa, os endinheirados desembolsam R$ 1133,11, bem distante dos R$ 31,81 que os pobres gastam com comida fora de casa.A comida fora de casa do pobre tem gasto inferior até ao sanduíche do rico, que é R$ 54,69. Na lista de compras mensais fica exposto o contraste no poder de compra. As distintas classes sociais até compram os mesmos itens, mas, em quantidade e qualidade discrepantes. Caso da carne, que para o rico é de primeira e lhe custa R$ 40,41. Para comprar carne de primeira o pobre conta com apenas R$ 6,04. No caso da carne de segunda, ela quase não chega à mesa do rica, que só gasta R$ 5,96 com o produto.

As frutas na mesa das famílias humildes representam um gasto três vezes mais inferior que o dos ricos alagoanos
As frutas na mesa das famílias humildes representam um gasto três vezes mais inferior que o dos ricos alagoanos | Foto: Felipe Madruga Nyland

Essencial para o organismo, as frutas na mesa das famílias humildes representam um gasto três vezes mais inferior que o dos ricos. No caso da banana, por exemplo, o rico gasta cinco vezes mais com o item, desembolsando R$ 11,76, enquanto o pobre gasta R$ 2,34. Também importante, o leite é outro item que separa em lados distantes pobres e ricos. No orçamento dos abastados leites e derivados tem R$ 101,94 destinado, longe dos R$ 15,21 que o pobre empenha. Queijo é artigo pouco visto nas mesas dos lares humildes, por lá para comprar esse item é gasto R$ 1,77 por mês. Já para ricos, os recursos para a compra do queijo chegam a R$ 39,85. HB

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