Da alimentação ao vestuário, a disparidade entre ricos e pobres é latente em Alagoas. Os hábitos da rotina revelam um abismo que separa os abastados dos mais carentes. O cenário, que é uma realidade sentida diariamente, foi mensurado na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Gazeta analisou as tabelas da pesquisa e apurou o contraste que parece dividir em dois mundos quem vive no mesmo Estado. Ainda assim, os números mostram costumes que, para alguns, pode ser uma surpresa, como o fato dos endinheirados gastarem mais do que ganham, e os mais carentes agirem em sentido contrário, poupando do pouco que recebem. Na matéria, assim como na pesquisa, as famílias mais pobres são as que recebem mensalmente até R$ 1.908 e as mais ricas são as que ganham mais de R$ 23.850. De acordo com o IBGE, em Alagoas são 508.048 famílias pobres e 6.384 ricas, dentro os parâmetros citados agora. A POF mostrou que a despesa média mensal das famílias alagoanas é de R$ 2.417,84, longe da média nacional que é R$ 4.649,03. Nas famílias mais pobres a despesa do mês é de R$ 1.221,97, já nas mais ricas é R$ 24.006,78. Ou seja, a despesa de um mês de uma família rica de alagoas daria para arcar com vinte meses de um lar desprovido de recursos. Os gastos com habitação representam a maior despesa nos lares alagoanos, logo após vem alimentação e transporte. Para as famílias pobres de Alagoas, as despesas com habitação representam R$ 450,36. Para os mais ricos, a habitação representa R$ 3.232,58 de gastos mensais, sete vezes mais que os pobres. Em algumas categorias, a diferença entre as classes sociais fica ainda mais evidentes, principalmente em gastos mais supérfluo. Em relação ao vestuário, por exemplo, enquanto uma família pobre gasta R$ 50,14 reais mensais, a rica gasta R$ 968,32, ou seja, dezenove mais. Quando o assunto são joias, a pesquisa mostra que o gastos no lares carentes para este fim é quase zero, sendo de R$ 0,71, mas para os abonados as joias representam gasto mensal de R$ 270,25. Perfumaria também é uma categoria que separa em lados distantes endinheirados e desprovidos de recursos. No orçamento dos pobres, perfumes tem orçamento de R$ 24,14, já para os ricos é de 337,91.
* Sob supervisão da editoria de Economia.