O aumento do desemprego agravado com a demissão de 800 trabalhadores e agora a ameaça da construtora em paralisar totalmente a construção do trecho quatro do Canal do Sertão gera consequências econômicas desastrosas nos municípios do semiárido. O presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), o prefeito da cidade sertaneja de Cacimbinhas, Hugo Wanderley (MDB), e a prefeita de Feliz Deserto, Rosiana Beltrão (MDB), representante do Nordeste na Confederação Nacional dos Municípios (CMN), entregaram ao Ministro da Secretaria de Governo (SEGOV/PR), Luiz Eduardo Ramos, contribuições para o programa Pacto + Brasil. Dentro das contribuições tem a recomendação pela retomada da obra hídrica mais importante de Alagoas. O programa foi lançado no Palácio com a presença do governador, prefeitos, parlamentares federais e estaduais, secretários e diretores da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Caixa e Banco do Brasil. A AMA defendeu que o Canal do Sertão não pode parar e destacou a importância social da construção neste momento de seca no Sertão. No documento entregue pelo presidente da Associação, Hugo Wanderley, destaca-se a importância do canal. Ressalta que a construção tem repercussão imediata nos indicadores sociais e econômicos por gerar centenas de empregos. A conclusão do canal, de acordo com o líder dos 102 prefeitos alagoanos, mudará a vida de mais de 1 milhão de pessoas em 42 municípios do semiárido. O encontro de contas previdenciárias dos municípios com a União e a reinstalação do Comitê do encontro de contas das dívidas previdenciárias foi outro ponto. A AMA também destacou o financiamento público através de programas que auxiliam os municípios, o fortalecimento do Programa de Aquisição de Alimentos a cargo da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que além de incentivar a produção local é ferramenta importante de assistência social. Em 2015, por exemplo, os municípios alagoanos compraram R$ 20 milhões em produtos. Em 2019 ainda não houve compra.