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Nota da construtora admite paralisação e demissões

Dos 32 quilômetros do trecho quatro do canal, a construtora já concluiu cerca de 80%

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A obra, que começou em 1990, já foi “irrigada” com R$ 2,5 bilhões.
A obra, que começou em 1990, já foi “irrigada” com R$ 2,5 bilhões. -

Dos 32 quilômetros do trecho quatro do canal, a construtora já concluiu cerca de 80%. A obra, que começou em 1990, já foi “irrigada” com R$ 2,5 bilhões. Dos 250 quilômetros previstos, tem 110 quilômetros prontos e com água do rio São Francisco, que é roubada de várias formas: por ligações e irrigações clandestinas, por mais de 100 caminhões-pipa, como mostrou a TV Mar, Gazetaweb e a Gazeta de Alagoas.

A Odebrecht divulgou nova nota esta semana e admitiu não ter condições de manter os empregos e nem continuar a obra. A nota se refere ao governo de Alagoas e ao Ministério de forma harmoniosa e elegante. A construtora admite que a partir desta segunda-feira os mais de 200 trabalhadores contratados e que estão em férias coletivas podem perder o emprego, caso não receba as dívidas atrasadas.

Ainda com relação aos empregados que trabalham na construção do canal, a empresa admite que eles foram orientados a permanecer em férias coletivas. Não definiu, porém, por quanto tempo. Mas já trabalha com a possibilidade de demissão de todos. Eis a íntegra da nova nota da Odebrecht admitindo as demissões e paralisação total por tempo indeterminado:

“Apesar dos esforços do governo de Alagoas e da sensibilidade para o tema demonstrada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, as obras do Canal do Sertão alagoano estão na iminência de serem completamente paralisadas a partir da próxima semana. Mais de 200 trabalhadores perderão seus empregos caso, dentro deste prazo, os mais de R$ 28 milhões em atraso não sejam desembolsados pelo governo federal. A obra, que já contou com mais de 850 funcionários, teve seu contingente reduzido para 400 e, há cerca de um mês, após novo corte, restaram apenas 200. No dia 14 de outubro, para evitar as demissões já naquele momento, a direção da obra deu férias coletivas aos integrantes que retornariam ao trabalho no dia 29/10. Mas, foram orientados a seguir em casa por mais alguns dias até que a decisão final seja tomada”. A manifestação da empresa ocorreu na última segunda- feira (28/10). No decorrer da semana não aconteceu nenhuma definição de pagamentos. Até quinta- feira (31), a continuação da obra foi tema de diversas reuniões dos executivos da Odebrecht, no escritório de São Paulo.

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