Economia
Balança comercial tem o pior outubro em cinco anos
Resultado é 79,2% inferior ao de outubro de 2018 (US$ 5,792 bi) e o pior para o mês desde 2014


São Paulo, SP – A queda nos preços internacionais de vários produtos, a crise econômica na Argentina e a menor demanda por soja na China fizeram a balança comercial, a diferença entre exportações e importações, fechar outubro com superávit de US$ 1,206 bilhão. O resultado é 79,2% inferior ao registrado em outubro de 2018 (US$ 5,792 bilhões) e o pior para o mês desde 2014, quando a balança tinha fechado com déficit de US$ 1,188 bilhão. O dado deste último mês foi divulgado nesta sexta-feira (1º), pelo Ministério da Economia. As informações são da Agência Brasil. No acumulado do ano, a balança comercial acumula superávit de US$ 34,823 bilhões, montante 26,7% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado. O valor é o menor para o período de janeiro a outubro desde 2015.As exportações somaram US$ 18,231 bilhões no mês passado, com recuo de 20,4% em relação a outubro do ano passado pelo critério da média diária. As maiores quedas foram registradas nas exportações de petróleo bruto (-US$ 1,6 bilhão na comparação com outubro de 2018), por causa da redução dos preços internacionais e do baixo crescimento da produção brasileira, e de aço semimanufaturado (-US$ 499 milhões), por causa da retração dos preços internacionais e da menor demanda dos Estados Unidos. Outro produto que teve impacto na queda das exportações foi a soja em grão, com redução de US$ 294 milhões em relação a outubro do ano passado, motivada pela queda dos preços externos, pela menor safra brasileira e pela crise na produção de suínos na China, que usa a soja brasileira para alimentar porcos. Em seguida, vêm a queda de US$ 139 milhões nas vendas de automóveis, provocada pela crise na Argentina, e a redução de US$ 111 milhões nas exportações de minério de ferro, decorrente da menor produção brasileira depois do rompimento da barragem em Brumadinho (MG).As importações totalizaram US$ 17,025 bilhões em outubro, com alta de 1,1% na comparação com o mesmo mês do ano passado.