Privatização da Casal
Caravanas de servidores devem participar de ato
O projeto de privatização da Casal já foi aprovado na Assembleia Legislativa


O projeto de privatização da Casal já foi aprovado na Assembleia Legislativa. O decreto do governador oficializa a composição, sem alarde. Os alagoanos, de um modo geral, ficaram alheios a discussão. Caravanas de sindicalistas e de servidores públicos devem participar das manifestações contra a privatização da Casal, nas imediações do hotel Hitz, entre os bairros de Cruz das Almas e Jatiúca.
A coordenadora do Fórum em Defesa do Saneamento de Alagoas e diretora do Sindicato dos Urbanitários de Alagoas, Dafne Orion confirmou que as entidades do fórum participarão também do ato contra a privatização previsto para acontecer durante o Seminários das PPPs e Concessões organizado pelo governo de Alagoas. “O Fórum vai exigir que a discussão a respeito da privatização seja ampliada com a sociedade alagoana. A gente quer saber como será executado o novo modelo de saneamento. Existem muitos questionamento ainda sem respostas”, afirmou Dafne Orion, ao alertar ainda que “ o seminário do governo, na verdade, é uma estratégia para oficializar a privatização da Casal via PPPs.
Tanto que estará presente representantes do governo federal e do BNDES. O seminário é, na prática, a apresentação do projeto de privatização”, revelou a sindicalista. A coordenadora do Fórum em Defesa do Saneamento também confirmou que “mais uma vez Alagoas será usada como cobaia de projetos federais”, criticou (ao longo dos últimos anos, o estado tem sido usado como cobaia em projetos de educação, segurança pública e de habitação com poucos resultados positivos e práticos). “Na verdade o governo não está fazendo nada de novo. Já existe processo de privatização neste sentido no País e que comprovadamente não deu certo”, disse Dafne Orion.
Com relação aos municípios pobres e pequenos que estão de fora do projeto que reúne 14 cidades metropolitanas para cuidar do “negócio” do saneamento a coordenadora do Fórum disse que ainda não existe resposta do próprio governo a respeito disso. “Não está claro como vai ficar o abastecimento dos povoados e das cidades pequenas. Se não há como atender essas comunidades, quem é que vai se responsabilizar? O prefeito? O governo do Estado? São respostas que ainda não chegaram para quem está discutindo a questão”, afirmou Dafne. “Por mais que se fale que o sistema gestor Metropolitano vai abranger 14 municípios, o que a gente sabe na prática é que a Casal não consegue atender os municípios do Sertão e Agreste. Este projeto não dá conta de responder essa e outras deficiências”, alertou a coordenadora do Fórum em Defesa do Saneamento.