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Nº 5856
Economia Nas repartições e departamentos da companhia, o clima é de muita apreensão

"Estão vendendo um serviço de saúde fundamental"

Urbanitários dizem que governo objetiva lucro em vez de pensar na população

Por arnaldo ferreira | Edição do dia 06/11/2019 - Matéria atualizada em 06/11/2019 às 06h00

De acordo com as lideranças do Sindicato dos Urbanitários e da CUT, este Seminário do governo oficializará a venda da Casal. “Estaremos neste seminário para fazer um debate com os presentes”, disse o vice-presidente dos Urbanitários, José Cícero. Ao explicar porque os trabalhadores do setor são contrários à privatização da Casal, disse que “estão vendendo um serviço de saúde fundamental para a população. Este serviço é obrigação do estado. Agindo desta forma, Alagoas só objetiva lucro e não pensa na população. A Casal é um patrimônio dos alagoanos”, afirmou.

Outro aspecto negativo da privatização, segundo o sindicalista, é a demissão em massa na autarquia que hoje emprega mais de 1,2 mil trabalhadores. “Este modelo de privatização, via PPP, como vai acontecer com a Casal, é uma experiência proposta pelo BNDES, que começa por Alagoas. Quer dizer: seremos o boi de piranhas deste projeto”, lamentou o vice-presidente da CUT.

O sistema trabalhará com regiões metropolitanas. Os 14 municípios que compõem a nova região Metropolitana são: Atalaia, Barra de Santo Antônio, Barra de São Miguel, Coqueiro Seco, Maceió, Marechal Deodoro, Messias. Murici, Paripueira, Pilar, Rio Largo, Santa Luzia do Norte, Satuba e São Miguel dos Campos. Curiosamente, alguns desses municípios têm sistema próprio de abastecimento de Água.

A maioria registra lucro no negócio de abastecimento. “Os outros 88 municípios ainda são dúvida. Não ficou definido, até o momento, quem ficará com a responsabilidade pelo saneamento e o abastecimento de água nos pequenos municípios pobres do Sertão, por exemplo”, disse José Cícero da Silva.

O Seminário da privatização da Casal está sendo tratado com discrição, para não chamar a atenção dos grupos de servidores públicos, dos sindicalistas e nem da imprensa. Nas repartições e departamentos da Casal o clima é de muita apreensão. Os funcionários não sabem explicar como será o modelo de contrato e não escondem a preocupação com o desemprego em massa, como é voz corrente nos bastidores da empresa.|AF

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