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Nº 5856
Economia Estabelecimentos comerciais de áreas afetadas terão que sair do bairro

FAMÍLIAS COBRAM DEFINIÇÃO SOBRE IMÓVEIS NOS BAIRROS

Defesa Civil Municipal informa que estabelecimentos comerciais que estiverem em áreas de risco nos três bairros terão que sair

Por arnaldo ferreira | Edição do dia 30/11/2019 - Matéria atualizada em 30/11/2019 às 06h00

As 336 famílias que saíram do Conjunto Divaldo Suruagy cobram definições a respeito do futuro dos imóveis deles. A prefeitura, porém, ainda não tem resposta. “O Divaldo Suruagy continua em monitoramento como todo o bairro do Pinheiro”, disse o subsecretário municipal de Defesa Civil, Dinário Lemos, sem definir quando as famílias podem retornar ao bairro. Com relação a situação dos comerciantes que também cobram definições dos órgãos, o representante municipal de Defesa Civil disseram que alguns comerciantes foram retiradas das áreas críticas. Quanto aos que ficaram, ele lembrou que existem programas da prefeitura de isenção de impostos executados com a orientação da Federação do Comércio do Estado de Alagoas (Fecomércio-AL) e do Ministério Público do Trabalho. “Os estabelecimentos que estiverem em áreas de risco terão que sair. Tudo passa pelo nosso monitoramento. Na medida que a Defesa Civil Nacional e Municipal entenderem quais as áreas de segurança anunciaremos a possibilidade de retorno das famílias e comerciantes”.

TRILHOS

Sobre a linha férrea dos trens suburbanos e a Avenida major Cícero de Góis Monteiro – a principal via de ligação do bairro de Bebedouro –, Dinário Lemos disse que permanecem como estão. “A margem de segurança do plano apresentado pela Braskem indica a paralisação da extração de salmoura nos poços e a desapropriação dos imóveis rente a lagoa, abaixo da avenida principal de Bebedouro”, explicou De qualquer forma, tudo ainda depende de análise dos técnicos federais da ANM (Agência Nacional de Mineração) e SGB (Serviço Geológico do Brasil). “Hoje é impossível definir, com exatidão, quais áreas têm de ser desapropriadas”, admitiu o representante municipal de Defesa Civil. Ele acredita que a partir desta semana terá definições.

AJUDA HUMANITÁRIA

Pelos cálculos da Secretaria Municipal de Defesa Civil cerca de 2,1 mil pessoas recebem ajuda humanitária, ou seja, o aluguel social de R$ 1 mil por mês. Nos últimos 11 meses, o governo federal gastou cerca de R$ 100 milhões com ajuda humanitário e com as pesquisas que envolveram mais de 50 técnicos do Ministério de Minas e Energia, que estudam o problema geológica e afundamento dos bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro. A origem do problema, de acordo com os relatórios do Serviço Geológico do Brasil (antiga CPRM: Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais) são problemas estruturais e desmoronamento de minas de exploração de salmoura abertas pela Braskem. A indústria já admite que 15 poços estão com problemas.

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