Economia
Governo tamb�m investigar� postos com pre�o baixos

Rio - Os postos que cobram preços muito baixos pela gasolina também deverão sofrer devassa do governo, disse ontem a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. Segundo ela, estabelecimentos com preço muito abaixo da tabela de referência do governo podem estar lançando mão de artifícios como liminares, adulteração do produto ou sonegação e, por isso, também serão detalhadamente fiscalizados. Ela calculou em R$ 4 bilhões as perdas com evasão fiscal no comércio de combustíveis. A ministra negou que o governo tenha restabelecido o tabelamento de preços quando divulgou, na semana passada, a tabela com preços de referência para a gasolina em cada Estado. ?Não é política de tabelamento. Pelo contrário, é um tipo de fiscalização com base em um banco de dados antes inimaginável?, afirmou. ?Consideramos o tabelamento absolutamente ineficiente e improdutivo?, reforçou. Clandestino A queda de 28% no preço do álcool hidratado nas usinas desde o começo do ano dificilmente chegará ao consumidor. Isso porque, pelo menos, um terço deste mercado, ou 35%, é clandestino, segundo o Sindicato das Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom). A formação do preço na bomba, portanto, varia conforme as movimentações desta fatia do setor. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Paiva Gouveia, explica que na semana passada, por exemplo, era possível comprar o combustível no mercado por R$ 1,39 e R$ 0,87, que não embute os impostos devidos. Segundo ele, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) sabe das sonegações e não faz nada.