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Nº 5759
Economia

Pre�o da gasolina poder� subir mais 22%

Depois do reajuste de quase 10%, que começou a vigorar a partir de ontem, o preço do produto poderá sofrer um novo aumento. Isso ocorrerá se o governo federal continuar com a sua política de acompanhar o mercado internacional, que já estuda um reajuste

Por | Edição do dia 17/03/2002 - Matéria atualizada em 17/03/2002 às 00h00

Depois do reajuste de quase 10%, que começou a vigorar a partir de ontem, o preço do produto poderá sofrer um novo aumento. Isso ocorrerá se o governo federal continuar com a sua política de acompanhar o mercado internacional, que já estuda um reajuste do preço do barril do petróleo em cerca de 22%. A previsão é do presidente do Sindicato dos Distribuidores de Combustíveis de Alagoas, Mário Jorge Uchôa, que considera a possibilidade de um novo aumento da gasolina um duro golpe para os donos de postos. Segundo ele, no mês passado, os postos amargaram uma queda nas vendas na ordem de 5%, apesar de ter havido uma redução do preço do produto. “Isso parece até brincadeira”, comenta, lembrando que a tendência este mês é de que haja uma maior queda nas vendas. Com relação ao último reajuste da gasolina, Mário Jorge diz que a maioria dos postos revendedores passou a adotar o novo preço a partir desse fim de semana. “Quem fez o pedido de combustível para ontem já poderá adotar o novo preço”, afirma, lembrando porém que alguns estabelecimentos podem deixar para reajustar o preço do produto só quando receber a nova remessa. Adulteração O Sindicato dos Revendedores irá propor ao governo do Estado uma parceria para fiscalizar os postos que fazem a adulteração de combustível. De acordo com Mário Jorge, a entidade ficaria responsável pela contratação de um laboratório que faria os testes, enquanto que o governo faria a divulgação na mídia dos postos que trabalham corretamente. “Quem sairia ganhando é o consumidor, que saberia quais são os postos que praticam a adulteração, evitando ser lesado nos seus direitos”, diz ele, acrescentando que cada exame custaria quinhentos reais por mês ao sindicato. A proposta já foi encaminhada à Secretaria da Fazenda, que ficou de estudar o assunto. Com relação às denúncias de cartel no preço dos combustíveis que seria praticado pelos postos da capital, o presidente do sindicato continua afirmando que esse tipo de irregularidade não é praticado pelos postos. “Como pode existir cartel, se o valor do ICMS quem fixa é o governo estadual”, diz, lembrando que o valor do imposto é de R$ 1,59, enquanto que o preço médio da gasolina nos postos da capital é de R$ 1,55. “O governo nunca cobra o tributo com base no preço que é praticado”, frisa. Para ele, nenhuma investigação irá comprovar a ocorrência de cartel, porque não há combinação de preços entre os postos. “O que há simplesmente é a livre concorrência”. Investigação As denúncias de cartel serão investigadas pelo Conselho de Administrativo de Direito Econômico. O Procon de Alagoas informou que foi encaminhado um processo ao Cade desde 99. “A fiscalização demonstra que há fortes indícios de que os postos da capital praticam o cartel, uniformizando os preços dos combustíveis”, diz, acrescentando que espera uma punição para os postos que cometem esse tipo de irregularidade.

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