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Economia

Elas existem, mas s�o dif�ceis de achar no mercado

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FÁBIA ASSUMPÇÃO Com a instituição do Plano Real, em julho de 1994, os brasileiros começaram a sentir as mudanças provocadas por uma economia estável. Uma delas foi voltar a conviver com as moedas de pequeno valor, que haviam praticamente deixado de circular devido aos sucessivos anos de alta da inflação. Para acompanhar esse novo perfil da economia, o Banco Central do Brasil lançou, no primeiro ano do real, as moedas de R$ 0,01, de 0,05, 0,10, 0,50 e de 1,00. Em 30 de setembro de 94, apenas dois meses de implantado o Plano Real, a família de moedas cresceria com o lançamento da de R$ 0,25. Na época, a volta das moedas fez até aquecer às vendas de um produto há muito tempo esquecido: os porta-níqueis. Mas, depois de quase 10 anos do Plano Real, está cada dia mais difícil ver em circulação essas moedas. A mais rara de ser encontrada é a de R$ 0,01, que apesar de oficialmente continuar em circulação, praticamente não anda mais no bolso da maior parte das pessoas. Para muitos comerciantes, essa moeda já saiu de circulação há muito tempo. E, na hora do troco, o que funciona como moeda são diversos tipos de brindes como canetas, caixas de fósforos, balas, serras de unhas e uma série de bugigangas. Arredondamento Já é normal para a maioria das pessoas ver um preço de uma mercadoria com valores quebrados, por exemplo R$ 1,98, ser arredondado para R$ 2. Para elas, apesar de não estar pagando pelo preço justo da mercadoria, é muito melhor do que receber de troco às indesejáveis moedas de R$ 0,01. O assessor de comunicação da Superintendência do Banco do Brasil em Alagoas, Érico Abreu, garante que não há falta de moedas nos bancos. ?O Banco Central já chegou a conclusão de que o problema não é a falta de moedas?, afirma Abreu. ?Trata-se de uma questão cultural: o brasileiro não gostar de andar com moedas?. Como não há sede do Banco do Central em Alagoas, o Banco do Brasil funciona com uma das instituições que abastecem o mercado com moedas. Mas, Érico Abreu que a solicitação de moedas pode ser feita no próprio banco onde o comerciante possui conta. Para fazer as moedas circularem, o Banco Central lançou uma campanha cujo lema é ?coloque suas moedinhas para circular?. Cunhar uma moeda custa muito caro para o Banco Central, custo muito maior que o do seu próprio valor venal. Conseqüentemente, quando elas deixam de circular, isso acaba trazendo prejuízos à economia. Constrangimento Porém, muita gente se constrange em exigir R$ 0,01 de troco e até de R$ 0,05. E não se importa de perder, por exemplo, os R$ 0,05 que faltam do troco do ônibus. Já outros sabem muito bem valorizar cada centavo que recebem. ?Sou de brigar dentro do ônibus se o cobrador disser que não tem troco?, garante a cabeleireira Rosângela Santos. ?Só passo na roleta quando o cobrador me dá o troco, se não desço pela frente?. Já o vendedor autônomo Carlos Sampaio deixa sempre esquecidas no cofre do carro as raras moedas que recebe de troco. ?Deixo para no caso de algum limpador de pára-brisa pedir, mas até eles, agora, só querem receber moedas de R$ 1?. Algumas crianças também cultuam o hábito, estimulados pelos pais, de guardar suas moedas em cofrinhos, para depois trocá-las no banco. Apesar de não ser um hábito condenável, com os cofrinhos muitas moedas deixam de circular no mercado por um bom tempo.

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