Economia
D�lar fecha a R$ 2,89, bolsa cai e risco-Pa�s dispara 6,13%

Brasília - O dólar comercial terminou a quarta-feira em que o Copom reduziu os juros para 26% aos R$ 2,890, com valorização de 0,83%, após atingir a cotação máxima de R$ 2,925. Com a redução nos juros, a tendência agora é que a moeda norte-americana fique em torno dos R$ 2,90. Embora pequeno, o corte de juros coloca dinheiro no mercado, o que aumenta a capacidade de investimento em outros ativos financeiros, como câmbio e Bolsa. Continuam pesando os rumores de que o BC vá mesmo reduzir os depósitos compulsórios nos próximos dias, outra medida que coloca mais dinheiro no mercado e pode pressionar a alta da moeda norte-americana. Ontem, porém, o mercado não conseguiu sustentar alta maior devido aos rumores de que devem entrar nos próximos dias grande volume de recursos provenientes de captações feitas por empresas brasileiras no exterior. ?Acredito que a moeda norte-americana vai oscilar de R$ 2,87 a R$ 2,92 nos próximos dias?, diz Ivo Góes de Bessa, analista da corretora Levycam, para quem a redução anunciada nesta tarde ficou dentro das expectativas. ?Mas o corte não será suficiente para reanimar a economia.? O dólar comercial futuro (julho) é negociado a R$ 2,905. O turismo fechou com alta de 0,33%, a R$ 2,97, e o paralelo ficou estável em R$ 2,04. Risco e dívida Os títulos da dívida externa brasileira negociados no exterior sinalizaram pessimismo dos investidores com relação à economia do País nesta quarta-feira. O risco-país disparou e fechou os negócios em alta de 6,13%, aos 727 pontos-básicos sobre os títulos do Tesouro dos Estados Unidos. O C-Bond, principal título da dívida do país no exterior, caiu 2,16% e fechou cotado a 90,5% de seu valor de face. A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em queda acentuada nesta quarta-feira, depois da decisão do Copom. O Ibovespa caiu 1,93%, para 13.510 pontos.