Economia
CMN mant�m pol�tica monet�ria apertada em 2004

Brasília - O CMN (Conselho Monetário Nacional) decidiu confirmar em 5,5% a meta de inflação para o próximo ano. A decisão indica que o governo deverá manter apertada a política monetária - ou seja, a fixação de juros, ao contrário do que defendia alguns setores do governo e o empresariado, que pedem uma meta mais flexível e juros menores. A meta oficial para 2004, que foi fixada em junho do ano passado, era de 3,75% no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), índice oficial de inflação. No início deste ano, no entanto, o Banco Central já tinha a expectativa de que a inflação ficaria acima desses 3,75% por conta do choque com a alta do dólar, e ajustou a meta para 5,5% em 2004, percentual esse que passou a ser o foco de atuação da política monetária, ou seja, de fixação de juros. Teto de 8% Ao tornar oficial a meta ajustada em janeiro, o governo está adicionando a isso um intervalo de tolerância de 2,5 pontos percentuais para cima ou para baixo. Com isso, o teto da inflação para 2004 fica agora em 8%. O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, negou que o intervalo de tolerância tenha o objetivo de dar um espaço maior de atuação para a política monetária. Segundo ele, o compromisso do BC continuará sendo o perseguir a meta central de 2004, que é de 5,5%. ?O intervalo de tolerância é uma referência para acomodar eventuais choques, mas vamos buscar a meta central?, disse. Palocci avalia que a meta de 5,5% é ?factível? e que os recentes números de inflação estão convergindo para a meta. Para o ministro, as metas de 2004 e 2005 atendem às necessidades de controle dos preços, ao mesmo tempo que dão possibilidade de crescimento da economia. ?Metas significativamente mais baixas poderiam ter impacto no produto (PIB), metas mais altas poderiam significar tolerância com inflação?, disse Palocci.