Economia
Seguro-apag�o sobe 15,78% e deixar� conta de luz mais cara

Brasília e São Paulo - As contas de energia elétrica estarão mais caras a partir de julho, devido ao aumento de 15,78% no valor do encargo de capacidade emergencial, conhecido como o seguro anti-apagão, que passa a ser de R$ 0,0066 por quilowatt. O valor será aplicado sobre os gastos de junho, julho e agosto, quando haverá nova revisão. O seguro anti-apagão começou a ser cobrado em março de 2002, com o valor inicial de R$ 0,0049 por quilowatt, o que representou um aumento de cerca de 2% nas tarifas. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o impacto nas contas de luz é diferenciado, por causa das diferenças nas tarifas. No caso dos usuários da CEB, que atende Brasília, o aumento será de 0,37% no valor total da conta. Para consumidores da Eletropaulo, na região metropolitana de São Paulo, o impacto será de 0,36%, e, no caso da Light, no Rio de Janeiro, 0,29%. O anúncio foi feito nesta quinta-feira pela Aneel. A cobrança é de responsabilidade das distribuidoras, que repassam os valores para a Comercializadora Brasileira de Energia Elétrica (CBEE). Impacto O IPC-Fipe receberá em julho e agosto uma pressão de 1,7 ponto percentual por conta do aumento da telefonia fixa e da energia elétrica, diz o coordenador do índice Heron do Carmo. A conta de telefone fixo pesa 2,32% no IPC. Como as tarifas de celular foram reajustadas, o peso desse setor no IPC deverá ficar em 2%. Considerando o aumento total de 28,75% sobre o serviço, o impacto deverá ser de 0,5 ponto. No caso da eletricidade, com um reajuste de 30% e o peso de no IPC de 4,20%, a pressão será de 1,2 ponto percentual. Heron criticou a tentativa de um acordo entre a Anatel e as empresas de telefonia para parcelar o reajuste. Para ele, o correto seria conceder todo o aumento agora e deixar a inflação de 2004 livre de resíduos. ?Se IGP-DI ficar em 7% em 2004, por exemplo, por causa do resíduo as telefônicas vão exigir reajustes em torno de 15%.?