Economia
Governo federal poder� mudar regra para aplica��o de recursos por fundos de pens�o

Brasília - O governo está preocupado com os investimentos de risco dos fundos de pensão e estuda mudanças nas regras de aplicação desses recursos. Além de possuírem um enorme patrimônio imobilizado, muitas entidades também estouraram o limite permitido para investimentos de renda variável, como ações. Com o desempenho ruim das bolsas de valores nos últimos anos, isso vem representando sucessivos prejuízos. Um exemplo de entidade nessa situação é a Previ, o gigantesco fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil que tem patrimônio de R$ 44,2 bilhões, o equivalente a 25% de todos os recursos do sistema. Em dezembro de 2002, a Previ acumulava um prejuízo de R$ 3,6 bilhões. Para evitar que os fundos tenham perdas ainda maiores se forem obrigados a vender o excedente de ações de uma hora para outra, o governo já pensa em alterar a resolução 2.829 do Conselho Monetário Nacional (CMN), de 2001, que traçou as diretrizes básicas para a aplicação dos recursos das entidades fechadas de previdência privada. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, teve ontem uma primeira reunião com o ministro da Previdência Social, Ricardo Berzoini. Do encontro participaram também o diretor de Normas do BC, Sérgio Darcy e o secretário de Previdência Complementar, Adacir Reis. Flexibilidade ?Queremos evitar prejuízo desnecessário para as fundações, caso tenham de se desfazer de bens em situações de mercado adversa?, explicou um dos integrantes da reunião. A idéia do governo é flexibilizar um pouco a regra que impõe a todas as entidades o mesmo porcentual máximo de aplicação, sem levar em consideração o tamanho do fundo ou a maturidade do plano.