Decis�o judicial em AL pode atrasar fus�o Varig-TAM

Um acionista minoritário da Varig conseguiu na Justiça Estadual de Alagoas uma liminar que suspende os efeitos das assembléias que tiraram do poder o presidente do Conselho de Administração da holding FRB-Par, que controla a companhia aérea, Gilberto Rigoni. De acordo com o advogado de Rigoni, Trajano Ribeiro, o acionista Fernando Baracho entrou com pedido de medida cautelar ao juiz Josenir Pereira de Souza, da Comarca de Paripueira, um município perto de Maceió. Com a liminar voltam ao poder os membros do Conselho contra a fusão com a TAM nos termos que estão sendo propostos pelo Banco Fator, que coordena a operação, onde a Varig teria 5 por cento da nova empresa que será criada. Com Rigoni, retorna também ao comando da companhia Yutaka Imagawa, maior opositor do negócio. No final da semana passada, membros favoráveis à fusão conseguiram derrubar outra liminar, esta concedida pela Justiça do Rio de Janeiro, e retomaram o processo de fusão, que estava parado desde que Rigoni havia conseguido voltar ao poder na Varig por força judicial em 1o de julho. Vôos compartilhados O acordo de compartilhamento de vôos entre Varig e TAM, uma espécie de ensaio para a fusão entre as maiores companhias aéreas do país, mostrou em junho que a parceria definitiva poderá ser positiva para o consumidor. As duas empresas melhoraram a performance do mês passado em relação a maio e lideraram a avaliação de eficiência operacional - regularidade e pontualidade - divulgada nesta segunda-feira pelo Departamento de Aviação Civil (DAC), conseguindo 85 pontos cada uma. A Gol, terceira maior empresa do mercado, recebeu 74 pontos. O acordo de ?code-sharing? começou em março deste ano e em maio atingiu mais de metade dos vôos das duas companhias. Os planos são de chegar a 100% de malha compartilhada em agosto.