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Lula garante recursos para a nova Sudene

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Fortaleza - A nova Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) terá um orçamento três vezes maior que o da Agência para o Desenvolvimento do Nordeste (Adene), estimado em R$ 2,6 bilhões ao ano, disse, ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o lançamento da superintendência, em Fortaleza (CE). Lula disse ainda que os governadores terão papel decisivo na nova instituição. De acordo com o novo modelo, haverá um conselho deliberativo, constituído por ministros, representantes de empresários e dos trabalhadores, mas os governadores terão força decisiva nas questões, garantiu o presidente. O presidente se reuniu, no Hotel Caesar Park, com os governadores do Nordeste para apresentar a estrutura da nova Sudene. Quando o ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, expôs suas idéias sobre a utilização do dinheiro da nova Sudene, os governadores presentes à reunião começaram a protestar e reclamar da reforma tributária. Nesse momento, Lula pediu ?pelo amor de Deus? que não começassem a brigar ou discutir o assunto para não tirar o ?brilho? do anúncio da recriação da Sudene. Lula pediu para que não discutissem um assunto ?que ainda não está decidido?. Durante a cerimônia, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, declarou que a Sudene deve ser considerada um dos instrumentos de apoio a regiões com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e ?não a salvação da pátria?. Governadores otimistas com novos programas Fortaleza - Embora não tenha sido definido quem vai gerir o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste ? se a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) ou os estados diretamente ? o encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os governadores do Nordeste, nesse segunda-feira, em Fortaleza, deixando os gestores estaduais otimistas em relação a alguns pontos que foram fechados. A principal novidade foi o anúncio do Programa do Leite, previsto para começar em outubro, com a distribuição mensal de 1 milhão de litros/dia em regiões da área de atuação da Sudene. Segundo o coordenador geral do Fome Zero, ministro José Graziano, o Governo vai investir no programa R$ 150 milhões no primeiro semestre, com contrapartida dos estados provavelmente em torno de 40% a 50%. O Programa do Leite é uma cópia fiel daquele que foi implantado pelo ex-presidente José Sarney, onde cada família do Semi-árido e das periferia das capitais do Nordeste recebiam 1 litro de leite por dia. O que difere nesta nova versão é que além do leite de vaca, o Governo incluiu o de cabra que, segundo o ministro Graziano, tem menos rejeição que o de vaca e é mais rico em nutrientes. O objetivo do Governo é comprar o leite de vaca diretamente aos pequenos produtores do Nordeste. Segundo Graziano, o Governo comprará o leite a 95% dos produtores que produzem até 50 litros por dia. ?A idéia é gerar renda, reativar a pecuária nordestina e cumprir com a meta social?, disse Graziano. Lessa confiante com a reativação da Sudene Ao fim do encontro com os governadores, o presidente Lula prometeu também recursos para a continuidade das obras de duplicação das BRs 101 e 116. ?Foi a reunião mais produtiva que o presidente já fez até agora?, comemorou o governador de Alagoas, Ronaldo Lessa (PSB), adiantando que o presidente Lula só trouxe boas novas para o Nordeste. A Sudene ressurge como instrumento alavancador do desenvolvimento da região, vai trabalhar com microcrédito e incentivar cada vez mais os empreendimentos fora dos grandes centros urbanos. Ela volta para desenvolver a região, tirá-la da miséria, da situação crítica em que se encontrava?, salientou. Lessa também disse que ?O sonho da gente voltou com a recriação da Sudene?. Para ele, essa reunião foi excelente porque os governadores tiveram a a oportunidade de ouvir do próprio presidente como será o funcionamento da nova Sudene. O principal ponto destacado pelo governador alagoano é que, na nova Sudene, o centro das decisões do órgão ficará com os governadores. ?O Conselho Deliberativo do órgão será formado por ministros representantes, representantes dos empresários e dos trabalhadores, mas os governadores terão força decisivas nas questões?, enfatizou. Lessa destacou ainda que os recursos para as ações institucionais a serem desenvolvidas pela Sudene sairão de um fundo orçamentário criado com incentivos fiscais de empresas.. Ronaldo Lessa acredita que agora, com a impossibilidade de transferência de recursos para empresas do mesmo grupo, que receberem incentivos, vai coibir a prática de corrupção, que foi uma das principais causas do fechamento da autarquia em 2001.

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