Economia
D�lar fecha a R$ 2,937, maior valor desde o dia 3 de junho

São Paulo - O movimento de valorização do dólar comercial iniciado timidamente na semana passada ganhou força ontem, após líderes da base do governo Luiz Inácio Lula da Silva e deputados petistas elaborarem uma lista com sugestões de mudança ao projeto da reforma da Previdência. Assim, a moeda norte-americana fechou nesta terça-feira em alta de 1,31%, vendida a R$ 2,937, seu maior valor desde 3 de junho. Os investidores não vêem espaço para as cotações cederem mais - no último dia 2, a moeda norte-americana atingiu seu menor valor em quase um ano, R$ 2,818-, e desfazem as posições vendidas. ?Há uma certa ansiedade em relação à reforma, cuja tramitação entra agora em etapa importante??, afirma Vladimir Caramaschi, diretor da corretora Fator-Dória Atherino. Para os próximos dias, a tendência é de alta, pois o ritmo de captações de empresas brasileiras no exterior - as quais ajudaram a derrubar o dólar em 17,15% desde o início do ano- deve diminuir. Na BM&F, prevaleceu a pressão dos ?comprados? em dólar futuro, e todos os vencimentos negociados projetaram alta. Comentou-se que grandes investidores americanos, especialmente, teriam comprado dólar futuro curto (1.º de agosto) e vendido o contrato longo (1.º de setembro). Essa movimentação pressionou indiretamente o dólar à vista e, por tabela, a taxa média. O interesse dos ?comprados? é elevar a ptax até amanhã, quando será fechada a taxa que vai ser usada sexta-feira na liquidação do dólar de agosto. O dólar comercial futuro de agosto fechou a R$ 2,945, e o de setembro está em R$ 2,994. O paralelo fechou em queda de 1%, a R$ 2,97, e o turismo voltou as ultrapassar a barreira de R$ 3, terminando o dia cotado a R$ 3,02.