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Nº 5759
Economia

Copom reduz taxa de juros em apenas 0,25%

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu reduzir a taxa de juros Selic em apenas 0,25 ponto percentual. A taxa, que estava em 18,75% ao ano, passa a ser de 18,50% ao ano até o dia 17 de abril, data da próxima reunião do Copom. Antes do fim da reuni

Por | Edição do dia 21/03/2002 - Matéria atualizada em 21/03/2002 às 00h00

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu reduzir a taxa de juros Selic em apenas 0,25 ponto percentual. A taxa, que estava em 18,75% ao ano, passa a ser de 18,50% ao ano até o dia 17 de abril, data da próxima reunião do Copom. Antes do fim da reunião do Copom, os analistas de mercado previam que essa poderia ser uma das decisões, mas a consideravam conservadora. A maioria dos economistas apostava em uma redução maior, de 0,50 ponto percentual, diante da melhora da percepção de risco Brasil e dos sinais de recuperação da economia norte-americana. “A melhoria do cenário externo reforça a expectativa de convergência da inflação para suas metas. Neste contexto, o Copom reduziu a taxa Selic para 18,50% ao ano”, informou o comunicado do Banco Central (BC). A ata da reunião do Copom com as razões que levaram o BC a reduzir a taxa de juros em apenas 0,25 ponto percentual será divulgada na quinta-feira. Alta dos juros A redução da taxa Selic para 18,50% ao ano, não será suficiente para conter uma alta dos juros reais do País este mês. O indicador, que passará de 9,6% para 10% ao ano, considera os juros reais sobre a inflação registrados nos 12 últimos meses. Como a Selic acumula alta desde abril de 2001 - quando os juros eram de 16,25% -, o Brasil continuará em terceiro lugar no ranking dos países com os juros reais mais altos do mundo, com grandes chances de assumir a liderança da classificação até junho. O principal motivo para o País permanecer no topo do ranking nos próximos meses é a queda dos dois primeiros colocados na classificação. A Polônia, que lidera a tabela elaborada pela consultoria Global Invest, deverá acumular juros reais de 16,9% ao ano em março, mas esse indicador tende a baixar com a vertiginosa redução dos juros nominais do país apresentada desde o ano passado. Para se ter uma idéia, a política monetária da Polônia fez com que os seus juros reais baixassem de 25,9% em julho de 2001 para 10,3% em fevereiro. Já a Argentina deverá encarar a mesma situação, porém, por um motivo diferente. Lá, a promessa de aumento da inflação é que provocará o encolhimento.

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