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Governo reduz IPI do carro zero em tr�s pontos

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Brasília e São Paulo - O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, anunciou ontem o chamado plano emergencial para o setor automotivo. A principal medida é a redução de três pontos percentuais no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos veículos novos. A queda atinge apenas os carros de até 2.000 cilindradas e estará em vigor até 30 de novembro. Nos três primeiros meses (de agosto até outubro) a redução será maior, de quatro pontos percentuais. Esse um ponto a mais ficará no bolso das empresas e não chegará ao consumidor, para compensar o imposto que foi pago pelos carros que estão no estoque. Em novembro, a redução ficará em três pontos percentuais e será repassada integralmente para o comprador. O presidente da Anfavea (associação das montadoras), Ricardo Carvalho, não informou de quanto será a queda no preço dos veículos para o consumidor. ?Vai depender de cada modelo?, afirmou. Neste período, a alíquota do IPI dos carros populares (até 1.000 cilindradas) cairá de 9% para 5% (6% em novembro). Para os carros médios (até 2.000 cilindradas), a alíquota do IPI cairá de 14% para 10% - 11% em novembro - (álcool) e de 16% para 12% - 13% em novembro- (gasolina). A medida emergencial não atinge os veículos com motorização acima de 2.000 cilindradas, considerados de luxo, cujo IPI é de 20% (álcool) e 25% (gasolina). Segundo o ministro, a arrecadação cairá R$ 342 milhões com a redução do IPI. A redução do IPI tem o objetivo de reduzir os elevados estoques de veículos nas concessionárias e montadoras, calculado em 170 mil unidades. ?Nós acreditamos que com isso damos um benefício efetivo para o consumidor e podemos retomar de forma mais ampla a atividade do setor automotivo, principalmente dirigida à questão dos estoques que estão elevados nesse momento?, afirmou Palocci. Além disso, o governo espera conter o risco de redução de emprego no setor. A Volkswagen, por exemplo, anunciou a necessidade de redimensionar suas operações no Brasil e realocar 3.933 funcionários excedentes das unidades de São Bernardo (ABC paulista) e Taubaté (interior de SP). A General Motors também colocou 600 funcionários de São José dos Campos em lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho) desde ontem. A montadora negocia em São Caetano uma fórmula para resolver um excedente de 250 funcionários. Segundo o ministro, a medida será regulamentada por meio de um decreto do presidente da República e deverá ser publicada no ?Diário Oficial da União? hoje. Emprego As montadoras terão de garantir o emprego de seus funcionários até o final de novembro. Ou seja, até o fim do plano emergencial do setor automotivo, anunciado pelo governo. Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijóo, o compromisso com a manutenção do nível de emprego atinge toda cadeia produtiva ligada ao setor automotivo. ?Não são apenas as montadoras que estarão proibidas de demitir. As autopeças também. O compromisso com o nível de emprego atinge toda a cadeia produtiva?, disse Feijó.

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