Economia
D�lar recua 2,23% e volta a fechar abaixo de R$ 3

São Paulo - O mercado financeiro reverteu a tendência pessimista da véspera e teve ontem um dia positivo, apoiado pela aprovação final da reforma da Previdência pela Câmara dos Deputados. O dólar caiu 2,23%, para R$ 2,985, o Ibovespa subiu 3,42% e os juros futuros projetaram queda. A valorização do C-Bond também ajudou. O papel teve alta acima de 2%, enquanto o risco país recuou mais de 6%. A baixa rolagem (24,1%) da dívida cambial de US$ 1,327 bilhão, que vence dia 14, não inquietou os investidores. O mercado já previa fraca demanda nesse leilão, por causa do desinteresse pela contratação de ?hedge? (proteção), e com a melhora do ambiente as taxas propostas e aceitas recuaram em relação à primeira etapa da troca, na quarta-feira - para setembro, a previsão é de vencimento total de US$ 2,414 bilhões em papéis cambiais. A reintegração de posse pacífica do terreno da Volkswagen em São Bernardo também colaborou para o clima positivo. Após quatro fechamentos consecutivos acima de R$ 3, o dólar comercial praticamente expurgou toda a alta acumulada desde o dia 1º. O paralelo fechou em R$ 3,007, com queda de 2,37% e ágio de 0,74%. O contrato de dólar futuro para setembro projetou queda de 2,48%. O giro financeiro na Bolsa de Valores de São Paulo foi de R$ 679 milhões. Risco -país Os títulos da dívida do Brasil avançaram mais de 6% nesta quinta-feira, impulsionando os demais bônus do mercado de emergentes.. O risco Brasil recuou 6,09%, para 832 pontos-básicos sobre os títulos do Tesouro norte-americano. O C-Bond, principal papel da dívida externa brasileira, ganhou 2,45%, para 85,93% do valor de face. Os bônus brasileiros saltaram em sintonia com o otimismo da Bolsa de Valores de São Paulo e do mercado de câmbio no Brasil. Para alguns analistas, a aprovação da reforma previdenciária na Câmara dos Deputados é um passo importante porque pontos considerados cruciais para a saúde fiscal do país - como a taxação dos servidores inativos - foram mantidos. ?Essa taxação era algo de que eles realmente precisavam e eles conseguiram?, afirmou Enrique Alvarez, estrategista de dívida latino-americana da IDEAGlobal. ?No geral, (o movimento do mercado) é mais um rali de alívio?, acrescentou. ?Não acho que seja um grande triunfo, mas acho que fizeram bem, sobretudo pelas circunstâncias do passado político no Brasil em que era muito difícil de aprovar algo.?