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Nº 5759
Economia

Atraso na vota��o da CPMF pode provocar aumento de impostos

O presidente Fernando Henrique Cardoso e o presidente da Câmara, Aécio Neves (PSBD-MG), conversaram durante a manhã desta quinta-feira. Segundo Aécio, o governo poderá aumentar os impostos para compensar o atraso na votação da CPMF. O presidente Fernando

Por | Edição do dia 22/03/2002 - Matéria atualizada em 22/03/2002 às 00h00

O presidente Fernando Henrique Cardoso e o presidente da Câmara, Aécio Neves (PSBD-MG), conversaram durante a manhã desta quinta-feira. Segundo Aécio, o governo poderá aumentar os impostos para compensar o atraso na votação da CPMF. O presidente Fernando Henrique Cardoso “está imensamente preocupado com as conseqüências da não aprovação da CPMF”, disse ele. Segundo Aécio, a possibilidade de aumentar os impostos não foi descartada pelo governo. “Se o buraco for muito grande, (o governo) buscará esse caminho”, disse. E completou. “É preciso entender que a CPMF não é questão de governo, ela é fundamental para a governabilidade do País.” A alternativa mais provável para suprir o rombo com CPMF deverá subir o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A Receita Federal já estuda como aumentar a alíquota do IOF para minimizar o impacto do atraso na renovação da CPMF. Alíquota do aço Na próxima segunda-feira, representantes dos maiores grupos siderúrgicos do País se reunirão com os ministros Celso Lafer (Relações Exteriores) e Sérgio Amaral (Desenvolvimento). A questão será o pedido, enviado na semana passada, pelas siderúrgicas, para aumentar de 12% para 30% a média das alíquotas de importação de aço no Brasil. “Com o fechamento de portas nos EUA, haverá um aço excedente no mundo buscando mercados para colocar seus produtos, a preços bem mais baixos. As medidas de protecionismo dos EUA causarão uma concorrência predatória no mundo. Apenas não queremos que esse produto excedente venha para o Brasil, o que poderia prejudicar o desenvolvimento de nosso parque industrial”, analisou a presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). A executiva citou exemplos de países que já subiram, ou planejam subir, suas alíquotas de importação do aço para proteger seus mercados dessa produção excedente. “O México já anunciou sobretaxa de 35%. A União européia também deverá ter sobretaxa de 40%. Outros países como Chile e Canadá também planejam proteger o mercado nesse intervalo de desorganização do setor “, disse a presidente da CSN.

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