Economia
Lucro da Petrobras cai com a guerra no Iraque

Rio - A Guerra do Iraque causou um prejuízo de R$ 1,3 bilhão à Petrobras no segundo trimestre. O diretor-financeiro, José Sérgio Gabrielli, explicou que a companhia comprou estoques no primeiro trimestre para se precaver contra uma possível falta de produtos no mercado mundial. Nesta época, o barril do petróleo estava mais caro do que no segundo trimestre, quando esse estoque foi consumido. Essa perda foi um dos principais motivos que fizeram o custo dos produtos vendidos pela estatal subir de R$ 12,480 bilhões para R$ 13,172 bilhões no período. Mesmo assim, a empresa fechou o semestre com um lucro de R$ 9,37 bilhões. Em teleconferência com analistas ontem, o executivo informou que a companhia fechou o segundo trimestre com um saldo de R$ 648 milhões em suas provisões para perdas com investimentos em usinas termoelétricas. As provisões foram feitas no quarto trimestre de 2002 (R$ 724 milhões) e no primeiro trimestre deste ano (R$ 708 milhões). Segundo Gabrielli, deste montante, a empresa realizou, de fato, perdas de R$ 784 milhões, o que resultou no saldo de R$ 648 milhões. No segundo trimestre, porém, a Petrobras provisionou outros R$ 330 milhões, a título de marcação a mercado de turbinas compradas que estão sem utilização. Estas turbinas foram compradas a preços mais altos do que valem atualmente no mercado. Plataformas O diretor-financeiro garantiu que as obras das plataformas P-43 e P-48, que ficarão nos campos de Barracuda e Caratinga, na Bacia de Campos, estão dentro do cronograma. As encomendas são tema de uma pendência entre a estatal e a norte-americana Halliburton - contratada para gerenciar as obras -, que está sendo resolvida em arbitragem internacional.