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Nº 5693
Economia Em relação aos valores contratados por micro e pequenas empresas, este ano houve um aumento de 38,4% em Alagoas

FINANCIAMENTO PARA PEQUENAS E MICRO TEM ALTA DE 18,6% EM AL

Em valores nominais, o aumento no volume de financiamento avançou de R$ 89,0 milhões para R$ 123,2 milhões.

Por william makaisy | Edição do dia 14/12/2019 - Matéria atualizada em 14/12/2019 às 06h00

Pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) revela que 2019 pode representar o ano da virada para microempreendedores. Após registrar redução de pedidos de financiamento por três anos seguidos (2016, 2017 e 2018), em 2019, 18% das micros e pequenas empresas do País buscaram recursos para investir no próprio negócio. Em Alagoas, através do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), houve aumento de 18,6% – em relação ao ano anterior – na quantidade de operações de crédito de micro e pequenas empresas. Segundo o superintendente estadual do Banco do Nordeste, Pedro Ermirio de Almeida, este aumento se dá, em grande parte, pelos serviços ofertados pelo banco a seus clientes. “Nós temos um aumento no mercado muito amplo de micro e pequenas no estado. O Banco do Nordeste tem procurado aproximação com parceiros, tanto na capital quanto nos interiores, e essa aproximação nos possibilita repassar as empresas as alternativas de financiamento do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE)”, explicou Almeida. No que tange aos valores contratados por micro e pequenas empresas, este ano houve um aumento de 38,4% em Alagoas, em comparação ao ano anterior. Em números, esse aumento avançou de R$ 89,0 milhões para R$ 123,2 milhões. “O Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste passa por um processo de programação anual do seu orçamento, e para o ano de 2019 o orçamento previsto para o grupo de micro e pequenas empresas era de R$ 117 milhões. Isso seria o piso. Atualmente superamos e chegamos a R$ 123,2 milhões, e a expectativa é fechar o ano com algo em torno de 130 milhões. Para 2020 nossa expectativa é 160 milhões só para o segmento de MPEs. Dentro deste montante [R$ 123,2 milhões] temos R$ 58 milhões destinados ao capital de giro das MPEs, e o restante é colocado em natureza de investimento”, explicou Pedro Ermirio de Almeida. Em relação aos empreendedores informais, microempreendedores individuais ou agricultores familiares, em Alagoas os valores contratados através do microcrédito chegaram em R$ 559,4 milhões, havendo um aumento de 10% em comparação ao ano anterior, onde o valor foi de R$ 508 milhões. O microcrédito engloba os demais programas, como Agroamigo (microcrédito rural) e o Crediamigo (microcrédito urbano).

CONDIÇÕES

“O Banco do Nordeste do Brasil atende inclusive as empresas que estão em implantação, ou seja, qualquer empreendedor, que tenha constituído um CNPJ, mesmo que não tenha histórico de faturamento, que esteja implantando a empresa agora, ele ainda está apto para receber financiamento do Banco do Nordeste”, disse Pedro Ermirio de Almeida. Aqueles que não possuem empresas formais, mas que ainda pensam em pedir financiamento, podem contar com o programa de microcrédito do BNB. “Nós operamos com o Crediamigo, o maior programa de microcrédito da América Latina, e ele foca no setor informal e nos empreendedores individuais. Inclusive, acabou de ser aprovado, na quinta-feira (12), durante a reunião do Conselho Deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), uma destinação de cerca de R$ 3 bilhões para empreendedores individuais com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). Ou seja, teremos em 2020 um foco muito maior nesse público”, contou o superintendente. O empresário Everton Oliveira, dono de uma panificação, conta que o auxílio de um banco é fundamental para quem está começando a montar uma empresa. “Um empresário precisa do capital para fazer um investimento, e às vezes quando se está começando é difícil ter ele. Então, através do financiamento, você consegue essa ajuda”, relatou o empresário. “O financiamento que fiz serviu para capital de giro e para a compra de equipamentos para minha panificação”, completou.

* Sob supervisão da editoria de Economia

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