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Nº 5693
Economia

PIB DE MACEIÓ AVANÇA, MAS CAPITAL RECUA UMA POSIÇÃO NO RANKING

Em valores absolutos, o volume de riquezas produzidas na capital alagoana atingiu R$ 21,82 bilhões.

Por CARLOS NEALDO/ EDITOR DE ECONOMIA | Edição do dia 14/12/2019 - Matéria atualizada em 14/12/2019 às 06h00

Produto Interno Bruto de Maceió avançou 2,4% na passagem de 2016 para 2017, diz IBGE
Produto Interno Bruto de Maceió avançou 2,4% na passagem de 2016 para 2017, diz IBGE - Foto: Ricardo Lêdo
 

O Produto Interno Bruto (PIB) de Maceió avançou 2,4% em 2017, na comparação com o ano anterior, segundo levantamento divulgado nessa sexta-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores absolutos, o volume de riquezas produzidas na capital alagoana naquele ano atingiu R$ 21,82 bilhões. Apesar do crescimento, Maceió recuou uma posição no ranking nacional, passando do 38º para o 39º lugar na lista. Segundo o levantamento do IBGE, a participação da capital alagoana no PIB nacional caiu de 0,34% para 0,33% na passagem de 2016 para 2017. Em nível nacional, Em 2017, sete municípios brasileiros responderam por quase um quarto do PIB do Brasil e por 13,6% da população. São eles São Paulo (SP), com 10,6%; Rio de Janeiro (RJ), com 5,1%; Brasília (DF), com 3,7%; Belo Horizonte (MG), com, 1,4%; Curitiba (PR), com 1,3%; Osasco (SP), com 1,2%; e Porto Alegre (RS), com 1,1%. Já em 2002, apenas quatro municípios somavam um quarto da economia nacional. Eles eram São Paulo (SP), com 12,7%; Rio de Janeiro (RJ), com 6,3%; Brasília (DF), 3,6%; e Belo Horizonte (MG), 1,6%. Em Maceió, a atividade de serviços teve maior participação na economia, com destaque secundário para as indústrias de transformação, devido à fabricação de bebidas e fabricação de produtos químicos, garantindo o aumento de participação do município da capital no estado entre 2002 e 2017. Além disso, a cidade foi mais uma vez o único município do Estado a figurar na lista dos 100 maiores municípios de 2017, em termos de PIB. De acordo com o IBGE, os cinco municípios alagoanos que apresentaram a maior participação no estado, em 2017, foram Maceió, Arapiraca, Marechal Deodoro, Coruripe e Rio Largo. Em Arapiraca, além do comércio e da administração pública, destacou-se a agricultura. Em Marechal Deodoro, a principal atividade foi “Indústrias de transformação”, devido à fabricação de produtos químicos e fabricação de produtos de borracha. Coruripe teve sua economia vinculada à agropecuária, com destaque para a cana-de-açúcar, e “Indústrias de transformação”. Rio Largo, por sua vez, teve com atividades principais a administração pública e comércio. Juntos, os cinco municípios representaram, em 2017, 57,2% do PIB total de Alagoas e 42,9% da população. Contudo, a participação do top-5 no PIB do estado apresenta tendência de diminuição desde 2011. Na análise do PIB per capita, que mede quanto cada pessoa receberia se a riqueza produzida fosse dividida em partes iguais para cada habitante, Santana do Mundaú liderava entre os municípios alagoanos, registrando o valor de R$ 74.047,20. Completavam o top-5 os municípios de Branquinha (RS 36.961,19), Marechal Deodoro (R$ 36.362,94), Porto de Pedras (R$ 34.496,84) e Jacuípe (R$ 24.030,74). Maceió figurou na 9ª posição, com R$ 21.210,09.


PARTICIPAÇÃO

Os 69 municípios de maiores PIBs representavam, em 2017, cerca de metade do total do Produto Interno Bruto nacional (PIB, soma de todos os produtos e serviços fabricados no país) e pouco mais de um terço da população brasileira. A gerente de Contas Regionais do IBGE, Alessandra Poça, disse à Agência Brasil que o fato de 69 municípios representarem metade do PIB significa que há uma concentração econômica muito grande e “isso não muda de ano para outro”. O que se observa é que esses grandes municípios, independentemente do recorte que seja dado, vêm perdendo participação a cada ano. “Isso é uma constante. Isso ocorre porque os outros municípios estão aumentando sua economia.” As grandes cidades estão perdendo participação relativa, mas esse processo ainda é uma coisa muito lenta, explicou a gerente do IBGE.


DESCONCENTRAÇÃO

Segundo Alessandra Poça, a ampliação do número de municípios entre 2002 e 2017 permitiu identificar a tendência à desconcentração, com os municípios de menor valor ganhando participação em relação aos de maior valor. Levando em conta os 100 municípios com os maiores PIBs, nota-se que perderam participação no PIB do Brasil entre 2002 e 2017, de 60% para 55,3%. Excluindo as capitais, a perda de participação dos 100 maiores PIBs foi de 27,1% para 26,6%, no mesmo período. As informações são da Agência Brasil.

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