Os contribuintes alagoanos pagaram R$ 13,23 bilhões em impostos em 2019 — incluindo tributos federais, estaduais e municipais —, segundo o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O volume representa um aumento de 10% em relação aos R$ 12,03 bilhões em taxas pagas no ano anterior. Somente os contribuintes da capital alagoana desembolsaram R$ 575,6 milhões em impostos no ano passado. Segundo a ACSP, o total de tributos pagos pelos contribuintes alagoanos representa 0,46% da arrecadação nacional, que atingiu R$ 2, 5 trilhões. De acordo com os dados da associação, os contribuintes trabalharam 153 dias no ano apenas para pagar impostos — a mesma quantidade de dias dos últimos quatro anos. Em 2018, o valor pago pelos brasileiros em tributos somou R$ 2,3 trilhões — nível recorde para uma economia com baixo crescimento e indefinições. Para o economista da ACSP, Marcel Solimeo, essa marca expressiva representa uma carga tributária elevada para o País - se comparada com a renda do brasileiro. "Acredito que a carga de tributária, nos próximos anos, deve permanecer alta. Possivelmente, o único fator que pode colaborar com a diminuição dos tributos é o controle nos gastos. Caso não haja esse esforço, o Brasil continuará tendo impostos elevados e nada disso retorna à população”, ressalta Solimeo. "O esforço que as autoridades vêm fazendo com o teto dos gastos ainda é lento- isso se considerarmos a urgência da redução", completa. O economista relembra que há cinco anos, o Impostômetro fechou em R$ 1,9 tri e, o único caminho para melhorar essa diferença de R$ 600 bilhões, passa por uma melhor gestão das contas públicas. "O Brasil possui uma das cargas tributárias mais altas do mundo, equivalente ou até superior à carga de nações desenvolvidas. É uma tributação de primeiro mundo que deveria retornar à população por meio de serviços essenciais e políticas públicas de qualidade”, diz Solimeo.