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PREÇO DA GASOLINA FECHA 2019 COM ALTA ACUMULADA DE 3%

á o etanol hidratado comercializado nos postos alagoanos encerrou o ano passado com uma alta acumulada de 4%

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O preço do etanol hidratado vendido nos postos alagoanos encerrou 2019 a R$ 3,369
O preço do etanol hidratado vendido nos postos alagoanos encerrou 2019 a R$ 3,369 -

O preço da gasolina comum comercializada nos postos alagoanos fechou 2019 com uma alta acumulada de 3%, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) compilados pela Gazeta de Alagoas. De acordo com o levantamento, na primeira semana de janeiro, o litro do combustível custava em média R$ 4,461. Já na última semana do ano, o valor estava em R$ 4,597. Segundo a ANP, a alta da gasolina alagoana foi menor do que a média nacional de 4,8% no acumulado do ano. Em média, o combustível fechou 2019 no valor de R$ 4,555 nas bombas. Já o etanol hidratado comercializado nos postos alagoanos encerrou o ano passado com uma alta acumulada de 4%, sendo comercializado na última semana de 2019 a R$ 3,369, em média. O aumento também é menor do que a média nacional de 11,5%, segundo a ANP. A alta no preço do etanol foi a maior desde 2015, ano em que o setor de combustíveis passou por uma espécie de "tarifaço", provocado pela elevação de impostos sobre gasolina e diesel e pela autorização para que a Petrobras recuperasse perdas com o represamento de preços no ano anterior.Naquele ano, o preço da gasolina subiu 19,8%, abrindo espaço para alta de 30,2% no preço do etanol hidratado -quanto mais cara a gasolina, mais margem as usinas têm para elevar o preço do etanol. O diesel foi o segundo combustível com maior alta no ano passado, de 8,7%, motivada por reajustes promovidos pela Petrobras no preço de refinaria –até 15 de dezembro, o preço médio dos produtores subiu 16,3%– e pela alta do biodiesel.O preço médio do diesel nas bombas fechou o ano passado em R$ 3,751 por litro. O preço do diesel aumentou 14,5% em 2015.Em relatório, a consultoria INTL-FC Stone elenca entre os fatores de pressão no preço do etanol hidratado em 2019 a elevada demanda, reajustes recentes no preço da gasolina, a tendência mais acelerada de queda nos estoques e importações mais brandas durante a entressafra. Segundo dados da Unica (União da Indústria de Cana de Açúcar), o consumo de etanol no país bateu 18,4 bilhões de litros até o fim de outubro e, se mantiver o ritmo, vai superar o recorde atingido no ano anterior, de 19,4 bilhões de litros. Assim, segundo especialistas, mesmo com expectativa de recorde em 2019, a produção tem sido insuficiente para conter a escalada de preços. Nas usinas de São Paulo, o valor de venda do etanol hidratado ultrapassou, em dezembro, os R$ 2 por litro pela primeira vez na história. "No médio/longo prazo, como há muito comentado, é preciso que o consumo se arrefeça para evitar aperto expressivo no balanço de oferta e demanda no Centro-Sul", analisa a INTL-FC Stone. "Neste cenário, é possível que a tendência de alta nos preços PVU [posto-veículo-usina] e nas bombas persista."A opção pelo etanol traz vantagens para o consumidor quando seu preço equivale a 70% do preço da gasolina. Segundo dados da ANP, isso ocorria em apenas quatro estados brasileiros na última semana de dezembro -Mato Grosso, Goiás, São Paulo e Minas Gerais. A maior margem foi verificada no Mato Grosso: 61,9%. Em São Paulo, maior produtor e consumidor, o preço médio do etanol hidratado equivalia a 68,6% do preço da gasolina. Em outros dois -Sergipe e Paraíba- a diferença ficou na casa dos 70%. A redução da vantagem econômica é apontada por especialistas como um dos fatores que pode segurar a pressão altista, já que os consumidores podem passar a optar pela gasolina.No caso do diesel, não há opção de troca de combustível. O aumento no preço do produto gerou insatisfação em caminhoneiros, que repetiram durante o ano passado ameaças de greve como a que paralisou o Brasil por duas semanas em maio de 2018. No início de 2019, a Petrobras chegou a desistir de aumentar o preço do produto após telefonema do presidente Jair Bolsonaro ao presidente da estatal, Roberto Castello Branco. O recuo levou a empresa a perder R$ 32 bilhões em valor de mercado no dia seguinte. Castello Branco defendeu em diversas ocasiões a liberdade para praticar preços de acordo com a política comercial da empresa, que é baseada em um conceito conhecido como paridade de importação –que inclui as cotações internacionais, a taxa de câmbio e custos para importar os produtos. Apesar do fim do subsídio ao preço do GLP (gás liquefeito de petróleo, o popular gás de cozinha), o preço do botijão de 13 quilos, mais usado por residências, ficou praticamente estável em 2019, fechando o ano, em média, a R$ 69,17. As informações são da Folhapress.

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