Um ponto de Maragogi com registro de aumento de violência é na divisa com o município pernambucano de São José da Coroa Grande. Segundo as autoridades policiais da região, entre São José e Barreiros (ambos em Pernambuco) recrudesceu a violência com registro de assassinatos, assaltos e disputas entre organizações criminosas ligadas ao tráfico de droga. A comunidade de Peroba, em Maragogi, enfrenta ataques de ladrões de Pernambuco, que roubam casas de veraneios e pequenas pousadas que não dispõem seguranças particulares. O caso já chegou ao conhecimento da cúpula da Secretaria de Segurança Pública e Conselho Municipal de Segurança Pública. Os ataques de ladrões obrigou a Prefeitura a criar também a estrutura de segurança com guardas municipais. A estrutura funciona em parceria com a PM. O prefeito Fernando Sérgio Lira criou um conselho de segurança com integrantes dos diversos segmentos da sociedade local que aponta para a polícia os pontos mais vulneráveis. A busca das prefeituras da Costa dos Corais é consolidar o turismo como fonte principal de geração de emprego, renda e atração de investimentos. Os gestores municipais prometem investir em saneamento, segurança e trânsito. Maragogi trabalha para ser o polo central e precisa investir nos três eixos. Os mais novos investimentos serão nas áreas de trânsito e segurança pública, com monitoramento de câmeras. Para aumentar a segurança do turista na próxima temporada 2020/21, o projeto é implantar o sistema de reconhecimento facial. O prefeito Fernando Sérgio Lira anunciou que investirá na instalação de câmeras para monitorar a movimentação da cidade e nas comunidades mais distantes. “A questão da violência é um complicador e precisar ser mitigado. Por isto, queremos criar a central de monitoramento e promover o reconhecimento facial. O aumento da segurança é fundamental”, admite o prefeito, ao revelar que “a cidade precisa resolver alguns problemas pontuais que se registram. Hoje, a temporada do turismo em Maragogi é o ano inteiro e não podemos perder este momento”. Com relação ao trânsito, os mais de 60 mil turistas “entupiram” todas as ruas da cidade e das comunidades mais procuradas. Os engarrafamentos estão por todos os lados e o trânsito não para de aumentar. Maragogi era uma vila de pescadores. A cidade não para de crescer. Fernando Sérgio Lira admite também que é preciso avançar na construção de loteamentos populares, de média e alta rendas. A cidade não suporta mais crescimento no perímetro urbano. O planejamento é que as novas áreas habitacionais sejam construídas do lado esquerdo da AL-101. A área litorânea esta imprensada.
DUPLICAÇÃO
A demora na conclusão da duplicação da AL-101 Norte prejudica o desenvolvimento do turismo em oito municípios da região da Costa dos Corais. Para desespero dos gestores municipais, não há data de conclusão da obra que prevê a duplicação de 30 quilômetros entre os municípios de Maceió e Barra de Santo Antônio. O trecho entre Jacarecica e Ipioca, diariamente, enfrenta longos engarrafamentos. Nos finais de semana e feriados os engarrafamentos passam de 10 quilômetros e percurso de no máximo 20 minutos pode demorar mais de duas horas, reclamam motoristas, moradores das cidades e transportadores de turistas. Uma placa do governo de Alagoas com dados técnicos da obra, instalada após o viaduto do bairro de Jacarecica, indica que a duplicação e a restauração do trecho Maceió-Barra de Santo Antônio custará ao contribuinte R$ 22,16 milhões. A previsão de conclusão, segundo a placa, é março de 2020. Mas o próprio secretário de Transporte e Desenvolvimento Urbano (Setrand), Mozart Amaral, sabe que não será possível cumprir o cronograma na íntegra.O litoral Norte de Alagoas é o novo “boom” do turismo no Nordeste. Considerado como o “Caribe do Brasil”, atrai turistas de diversas partes por conta da tranquilidade em relação as outras regiões do sudeste e das águas mornas. A maioria das oito cidades registra o crescimento de suas populações nesta temporada.