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Nº 5885
Economia Informalidade avança em Alagoas e atinge 41,2% do total de trabalhadores no Estado

INFORMALIDADE AVANÇA E ATINGE 446 MIL TRABALHADORES NO ESTADO

Alagoas tem a quarta maior taxa do País de trabalhadores subutilizados, com 36,1%

Por Carlos Nealdo | Edição do dia 15/02/2020 - Matéria atualizada em 15/02/2020 às 06h00

Apesar de ter reduzido a taxa de desocupação para 13,6% no quarto trimestre de 2019, Alagoas registrou um aumento da taxa de informalidade, que atingiu 41,2% no período, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgada nesta sexta-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso significa que do total de trabalhadores ocupados no Estado, 446 mil estão na informalidade. O IBGE considera como informais os trabalhadores sem carteira, trabalhadores domésticos sem carteira, empregador sem CNPJ, trabalhadores por conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar. De acordo com a pesquisa, somente no setor privado, o número de trabalhadores sem carteira assinada avançou 6,8% no quarto trimestre de 2019, na comparação com o mesmo período do ano anterior, somando 152 mil alagoanos. Os números não consideram os trabalhadores domésticos. Nessa categoria, a informalidade recuou 5,1% na mesma base de comparação, atingindo 52 mil trabalhadores no quarto trimestre do ano passado. Para a analista da pesquisa do IBGE, Adriana Beringuy, há uma relação direta entre o aumento da população empregada e o aumento da informalidade. “Mesmo com a queda no desemprego, em vários estados [como é o caso de Alagoas] a gente observa que a taxa de informalidade é superior ao crescimento da população ocupada. No Brasil, do acréscimo de 1,819 milhão de pessoas ocupadas, um milhão é de pessoas na condição de trabalhador informal”, explica. “Em praticamente todo o país, quem tem sustentado o crescimento da ocupação é a informalidade”, observa. Em Alagoas, a taxa de desocupação recuou 2,3% na comparação entre os quarto trimestres de 2018 e 2019. Foi a segunda maior retração do País, atrás apenas do Amapá, cuja desocupação recuou 4,1% na mesma base de comparação.

SUBUTILIZAÇÃO

A pesquisa do IBGE revela ainda que Alagoas registrou a quarta maior taxa do País de trabalhadores subutilizados, com 36,1%. Isso significa que 239 mil alagoanos não trabalharam ou trabalharam menos do que gostariam no quatro trimestre do ano passado. De acordo com o levantamento, o Piauí apresentou a maior taxa de subutilização, com 42%, seguindo da Bahia (39%) e Maranhão (38,2%).

DESALENTADOS

O levantamento do IBGE revela ainda que o número de desalentados em Alagoas avançou 12,5% no quarto trimestre de 2019, na comparação com o mesmo período do ano anterior, saltando de 218 mil para 246 mil pessoas. O IBGE considera como desalentada a população que não está trabalhando e que, embora queira trabalhar, desistiu de procurar vagas porque não acredita que vai encontrar emprego. Em todo o País, o trabalho informal é a principal ocupação da população de 11 estados brasileiros. A queda do desemprego em 2019 foi puxada pelo aumento da informalidade, que atingiu 41,1%, seu maior nível desde 2016, e bateu recorde em 19 estados e no Distrito Federal. O trabalho informal era a principal ocupação de mais de 40% da população em 21 estados. Apenas duas unidades federativas ficaram abaixo dos 30%, casos de Santa Catarina e do Distrito Federal. No DF, a informalidade também foi recorde, apesar de a taxa ser menor que a média do país. “Em praticamente todo o país, quem tem sustentado o crescimento da ocupação é a informalidade”, disse a analista da Pnad Contínua, Adriana Beringuy. As informações são da Folhapress.

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